Bota passeia, faz cinco no Olaria e vai ao G-2 em noite de Loco e Elkeson

Botafogo atropela o Olaria e vira vice-líder com 5 a 0

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:16

A pressão pelo jejum e a perigosa posição na tabela não foram capazes de apagar o brilho da estrela solitária na noite desta quarta-feira, no Engenhão. Muito solto e contando com desastrosa atuação da defesa rival, o Botafogo passeou contra o Olaria e fez 5 a 0 com gols, em dose dupla, de Loco Abreu eElkeson, que desencantou após 25 jogos na seca - Maicosuel completou a quina no finzinho. O triunfo ajudou a equipe a fazer as pazes com a torcida (1.738 pagantes, 3.054 presentes) e, principalmente, valeu por recolocar o clube na zona de classificação às semis.

A única maneira de ir para a penúltima rodada atrás do Flamengo, ultrapassado ao menos provisoriamente, é se o arquirrival derrotar o Madureira, nesta quinta, por quatro gols de diferença. O Nova Iguaçu, batido pelo novo líder Resende mais cedo, ficou para trás. O Glorioso soma nove pontos, em segundo, enquanto o Olaria estacionou nos quatro, já quase sem chances, na lanterna.
O próximo jogo do time de General Severiano já é sábado, frente ao Bonsucesso, também no Engenhão, às 17h. Já a equipe da Rua Bariri mede forças com o Macaé, no mesmo dia.

Um Botafogo fulminante

O início do jogo não dava indícios do que viria a seguir. A avalanche alvinegra foi precedida por uma série de erros de passe, de lado a lado. Com três empates consecutivos, a ansiedade parecia tomar conta da equipe de Oswaldo de Oliveira de novo. Só parecia. Para desafogar, o gol de Loco Abreu foi providencial. Em cobrança de falta central de Andrezinho, o uruguaio, impedido, desviou do goleiro, aos 12 minutos.

A desvantagem desmoronou o Olaria de imediato. Em média, até transformar a superioridade em goleada, o Botafogo chegava de três em três minutos em boas condições na área do rival. Quase sempre pela direita, com um incisivo Lucas, as chances eram multiplicadas. Alguns chutes foram sem direção, mas Elkeson não perdoou: cheio de espaço, aos 23, bateu de pé esquerdo no canto direito de Vanderson para ampliar e pôr fim a um jejum de 25 jogos e cinco meses e meio sem gol.

Logo depois, uma baixa: com dores na coxa direita a semana toda, Andrezinho acabou substituído por Felipe Menezes, que manteve a agilidade no meio de campo, setor cujo desempenho foi o maior presente que o torcedor poderia ter. O padrão e o entrosamento perseguidos enfim deram as caras e com uma alteração tática importante: Maicosuel, antes na direita, inverteu de lado com Elkeson. A fragilidade da retaguarda do Olaria, no entanto, dá poucos parâmetros, é verdade.

Já em ritmo de treino, o Botafogo mantinha seu domínio territorial sem ser muito incomodado. A ponto de adiantar até sua defesa, que experimentou uma linha de impedimento. Foi através dela que Pedrinho e companhia tentaram algo e obrigaram Jefferson a se antecipar aos atacantes alvianis em jogadas perigosas. No mais, a posse de bola foi inteira do mandante.

Antes de marcar seu segundo gol na partida, Elkeson fez uma graça: arriscou um passe de letra, mas se enrolou. Nada que tirasse sua confiança, 100% renovada. No lance seguinte, Lucas deu um balão de cabeça no lateral Amarildo, colocou na frente e deixou o camisa 9 livre para escorar de cabeça e anotar 3 a 0, aos 39. Daí até o fim da etapa, só toques laterais.

Mais do mesmo

A sensação de jogo resolvido durou cerca de dez minutos. Sem querer se desgastar, o Botafogo, em seu terceiro compromisso em sete dias, não forçava muito. Mas o Olaria, aos poucos, mostrou que não queria ser humilhado no Engenhão. Foi valente, deu trabalho a Jefferson com Vanilson e Pedrinho, especialmente, e acordou o time alvinegro após uma leve bronca de Oswaldo.

Em contragolpe, Maicosuel achou Loco Abreu, que fugiu de suas características ao apostar corrida lado a lado com o zagueiro e tocou na saída de Vanderson, com seu pé ruim, o direito, aos 19, para fazer o quarto. Todas as substituições de Amilton Oliveira, então, foram por água abaixo. Não havia mais nada a fazer em campo.

Nos minutos seguintes, ação, mesmo, apenas vinda da arquibancada. Enquanto Loco saía à caça de seu terceiro gol e desperdiçava oportunidades, a torcida reclamava do treinador, que escolheu Lucas Zen para a vaga de Marcelo Mattos, poupado. O pedido por Cidinho e Herrera foi atendido parcialmente. O argentino foi chamado para o lugar de Loco, mas pouco acrescentou.

Na reta final, ainda deu tempo de Felipe Menezes de ter um gol de cabeça anulado, por impedimento, de o mesmo acertar a trave esquerda de Vanderson, e de Maicosuel arredondar o placar, aos 44, depois de driblar o goleiro: 5 a 0. Ufa! Festa e fim de sufoco.

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