Brasil goleia Tanzânia, sai ileso em último amistoso e testa soluções no meio

Brasil goleia Tanzânia, sai ileso em último amistoso e testa soluções no meio

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

A seleção brasileira terminou a fase de amistosos antes da Copa do Mundo como queria. A Tanzânia, ao contrário do Zimbábue, exigiu testes reais ao time nacional. O risco de perder atleta por lesão, que tem assombrado várias seleções pré-Copa, foi superado. A goleada imposta sobre o time local nesta segunda-feira, por 5 a 1, em Dar es Salaam, apresentou um Brasil com nova cara no 2º tempo, cuja formação explorou a velocidade.

O treinador se certificou de que uma formação mais veloz (com Ramires e Daniel Alves), utilizada no segundo tempo do amistoso, poderá ser utilizada durante a Copa.

No primeiro tempo, titular a grande dificuldade na saída de jogada. Felipe Melo e Gilberto Silva erraram no fundamento. Gilberto mais à frente. Ramires atuando como segundo volante, dando maior qualidade na saída de bola. Ramires, aliás, se destacou, marcando dois gols no jogo. Robinho também fez dois. Kaká anotou outro.

A estratégia de evitar lesões à véspera da Copa foi levada à risca pela seleção. Júlio César sequer seguiu com o elenco para o amistoso. Os atletas da seleção buscavam fugir de divididas. Mas a Tanzânia ignorou a “ordem” em algumas ocasiões.

Em jogada típica de Kaká, arrancada com bola rumo ao ataque, o camisa 10 da seleção sofreu entrada violenta, por trás, de Nizzar, nos minutos finais do primeiro tempo.

Caído, Kaká colocou a mão sobre o tornozelo direito, mas destacou não ter havido gravidade na jogada. Apenas susto.

''Foi só pancada mesmo. Existe a preocupação de ser algo mais grave. Depois vamos falar com o time deles para ter tranqüilidade'', tranquilizou Kaká, em entrevista à TV Globo.

Em casa, a Tanzânia iniciou a partida ameaçando a seleção brasileira com duas jogadas de ataque. Sobrava vontade para os tanzanianos. Robinho, porém, abafou a animação dos rivais. No primeiro lance ofensivo da equipe nacional, o atacante recebeu passe de Kaká e chutou cruzado, abrindo o marcador, aos 10 min.

Os jogadores da Tanzânia reclamaram, alegando que Robinho ajeitou a bola com o braço. O auxiliar chegou a acusar irregularidade, mas abaixou a bandeira logo em seguida.

A Tanzânia fez nos primeiros 30 minutos de jogo aquilo que o Zimbábue não conseguiu durante todo amistoso anterior com a seleção. Juan, Lúcio e Gomes foram de fato ''testados'' pelo ataque tanzaniano. Sempre pela direita, a Tanzânia apresentava rápido toque de bola, maior entrosamento e chegada à área. No entanto, a equipe local errava na pontaria.

Kaká, Luís Fabiano e Elano foram figuras discretas no primeiro tempo. Robinho chamou a responsabilidade. O atleta do Santos ampliou para a seleção, marcando seu segundo gol no amistoso ao aproveitar cruzamento de Michel Bastos.

O fôlego da Tanzânia se esgotou rapidamente. O time local havia atuado 25 horas antes pelas eliminatórias da Copa Africana de Nações, quando perdeu para Ruana. Cansado, Erasto, por exemplo, foi substituído aos 35 min da etapa inicial.

Após o intervalo, o domínio da seleção brasileira foi completo. Maicon, Kaká e Luís Fabiano desperdiçaram chances de gols. Já Ramires foi preciso logo na primeira vez que foi acionado. O meio-campista anotou o terceiro gol da seleção em jogada individual, se infiltrando na área.

Ramires, aliás, entrou na vaga de Felipe Melo, mudando o desenho tático da seleção. O time ganhou em velocidade, melhorando na saída de bola com a presença de um jogador de característica ofensiva como volante (Ramires). Pela esquerda, Gilberto atuou mais à frente, próximo ao ataque.

Como fez ao longo da preparação, Dunga utilizou o lateral Daniel Alves como meia, explorando a velocidade. A rotação aumentou com a entrada de Nilmar, na vaga de Luís Fabiano.

Com o peito, Kaká aumentou a goleada sobre a Tanzânia. Desgastados, os atleta das Tanzânia já não esboçavam mais contragolpes.

Azziz, que havia acabado de entrar, descontou para Tanzânia, aos 41 min do segundo tempo, entrando para história do futebol local.

Nos acréscimos, Ramires fez o quinto da seleção brasileira.

Por Alexandre Sinato / Bruno Freitas

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