Ceará vence e complica vida do São Paulo

Ceará vence e complica vida do São Paulo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:09

A tarde quente de domingo em Fortaleza foi de festa para o Ceará, que parou a sequência vitoriosa do São Paulo com um triunfo por 2 a 0, no Castelão repleto, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os donos da casa, que não perdem há seis jogos, impediram que o adversário conseguisse a quarta vitória consecutiva na competição. O time paulista, com a zaga desfalcada, sofreu com a pressão do anfitrião e decepcionou os torcedores presentes. Com o resultado, o Vozão chegou a 42 pontos, na 11ª posição, e segue forte na briga por uma vaga na Copa Sul-Americana. O time paulista permaneceu com 44 pontos, na nona colocação, e perdeu uma ótima oportunidade de se aproximar do G-4, a zona de classificação para a Libertadores da América. Na próxima rodada, o Ceará encara o Atlético-GO no Serra Dourada, às 21h (de Brasília), quinta-feira. No meso dia e horário, o Tricolor recebe o Atlético Paranaense na Arena Barueri.

Antes do início do jogo, dois momentos especiais: Geraldo entrou em campo com a camisa 10 e o nome de Pelé às costas. O Rei do futebol foi homenageado pelo aniversário de 70 anos, completados no sábado. Pelo São Paulo, Rogério Ceni entrou carregando "na garupa" um torcedor de 13 anos que precisou amputar as pernas, na altura dos joelhos, quando ainda era um bebê. Mesmo assim, Carlos Roney deseja ser goleiro e até defendeu um chute do camisa 1 tricolor no campo do Castelão.

Com os termômetros na casa dos 30 graus (teve até paralisação para que os atletas pudessem beber água), o calor foi realmente um adversário à parte - sem horário de verão, o jogo começou às 15h pelo horário local. Mas este não foi o único motivo de o time paulista ter tido tantas dificuldades. Com desfalques na defesa, Carpegiani escalou Renato Silva improvisado na lateral direita, e Xandão ao lado de Miranda. Diogo ocupou a ala esquerda. Aproveitando a perda de jogadores importantes no adversário, o Ceará apostou na velocidade, acionando principalmente os laterais Boiadeiro e Vicente. E pressionou desde o início.

O Tricolor só teve um grande momento na etapa inicial, quando Ricardo Oliveira balançou a rede, mas o bandeira apontou impedimento, em um lance muito difícil de avaliar. O Vozão criou várias oportunidades, dando muito trabalho para Rogério Ceni, que logo passou a ser ovacionado como o "melhor goleiro do Brasil". Mas o camisa 1 não conseguiu segurar uma cabeçada de Magno Alves, aos 20 minutos: 1 a 0 para o Ceará. Ceni reclamou muito, dizendo que a bola saiu do campo antes do cruzamento de Vicente, mas não teve êxito. O gol foi legal, e a torcida do Alvinegro, maioria no Castelão, fez festa.

Carpegiani tentou mudar a postura da equipe, que estava muito recuada e não conseguia desenvolver as jogadas com o quarteto ofensivo. O treinador tirou Xandão e colocou Ilsinho pela lateral. O objetivo era ter mais um jogador para carregar a bola ao ataque e, ao mesmo tempo, tentar conter um pouco a descida de Vicente. Renato Silva, que antes estava na lateral, passou a formar a zaga com Miranda.

Mas o que o técnico são-paulino não imaginava era que o zagueiro Diego Sacoman iria acertar um lindo chute de longe, indefensável para Ceni. A bomba foi no ângulo direito do goleiro e fez a torcida celebrar: 2 a 0. Sacoman ajoelhou no campo, incrédulo, enquanto era abraçado pelos companheiros. O Ceará ainda criou algumas oportunidades, e o São Paulo apareceu diante de Michel Alves com Lucas e Ricardo Oliveira, mas o primeiro tempo terminou com a vitória parcial do Vozão.

Segundo tempo

O segundo tempo parecia uma reprise do primeiro. Apesar de o São Paulo até ter tentado uma ou outra jogada de ataque, o Ceará continuava pressionando e criando as melhores oportunidades, baseado na velocidade. Mais cansado, o adversário tentava seguir o ritmo do anfitrião. Diego Sacoman quase fez o segundo dele ao cabecear a bola para o chão, mas desta vez Ceni ficou com ela. O chute de Fernandão, isolando a bola na direção da torcida cearense, era o retrato do que o time paulista havia criado até o momento.

Magno Alves e Geraldo eram os principais articuladores das jogadas do Ceará. Vendo isso, Carpegiani tentou mudar a forma de o São Paulo jogar mais uma vez. Tirou Diogo, colocou o volante Zé Vitor para ajudar na marcação e jogou Carlinhos Paraíba para fechar pela esquerda. Marlos também substituiu Lucas, que não rendeu bem e chegou a ser vaiado pela torcida são-paulina. O técnico Dimas Filgueira também trocou no Ceará: Washington, aplaudido, deixou o campo para a entrada de Misael.

Mas se o calor já era um problema maior para o São Paulo desde o início do jogo, o Ceará também diminuiu o ritmo na segunda etapa, após aplicar uma verdadeira correria diante do rival. Ainda criava mais, só que já deixava o Tricolor mais solto. Tanto que Fernandinho bem que tentou descer pela esquerda e surpreender Michel Alves, mas foi parado pela defesa. O mesmo Fernandinho teve de deixar o campo aos 30 minutos, com dores na panturrilha direita, e a equipe paulista ficou com um jogador a menos no final da partida.

A tarde se encerrou com festa para os donos da casa, em busca da vaga na Sul-Americana, e gritos de olé.

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