No Pan-Pacífico, disputado no mês passado na Califórnia, uma prata e um bronze em suas principais provas os 50m e 100m livre fizeram Cesar Cielo cogitar mudanças. Decepcionado, o campeão olímpico e mundial encarou os resultados como derrotas e questionou o trabalho que vinha desenvolvendo em Auburn, nos Estados Unidos. Embora o nadador negue qualquer desavença com o técnico Brett Hawke, parece evidente que a parceria de sucesso atravessa um momento instável. De um lado, o australiano prefere o silêncio. Do outro, o atleta dá dicas de que pode voltar para casa.
No Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de natação, Cielo afirmou na quinta-feira que estava aberto a qualquer boa oportunidade de treinamento. Não importava o lugar. Alegou que, como a coisa não está mais tão certa em Auburn, pode voltar a morar no Brasil. Mas deixou claro que só pretende tomar qualquer decisão em janeiro, data marcada para o retorno aos EUA.
- Basta perguntar a ele. Ele tem todas as respostas limitou-se a dizer Brett na sexta-feira.
Neste fim de semana, Cielo conquistou dois ouros na etapa carioca da Copa do Mundo e voltou a dizer que seu futuro é incerto. Quando soube da resposta de Brett, mostrou-se surpreso, mas preferiu não tentar interpretar o que o técnico australiano quis dizer.
- Eu não sei mesmo o que dizer agora. Acho que a gente precisa planejar direitinho. Na verdade, faz um tempo que não converso com ele. Eu estava esperando acabar esta temporada aqui para decidir qualquer coisa. Agora, estou com a cabeça em outro mundo disse o campeão olímpico. Embora o treinador tenha dito que Cielo tem todas as respostas, o brasileiro reafirma que ainda não tomou a decisão sobre o seu futuro.
- Por enquanto, não estou pensando muito racionalmente nas coisas. E é difícil decidir algo agora, porque acabei de vir de um resultado que eu não gostei, então vou acabar decidindo de cabeça quente. Vou esperar abaixar um pouquinho a poeira, tirar umas férias, para depois resolver tudo.
Cielo admite que não tem falado frequentemente com Brett, mas afirma que não houve briga. Ele espera que o técnico não esteja chateado.
- A gente se falou algumas vezes por e-mail e uma vez por telefone. Mas agora não tem muito o que conversar. Eu estou tendo que tomar conta de algumas coisas ainda, tem competição. Na hora em que a poeira der uma baixada, de outubro até dezembro, vou ter bastante tempo para a gente planejar isso. Aí será a hora em que vamos decidir alguma coisa - avisou.
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