Com dois gols do estreante Borges, Santos bate o Avaí na Vila: 3 a 1

Com dois gols do estreante Borges, Santos bate o Avaí na Vila: 3 a 1

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:40

O camisa 9 ideal é artilheiro, decisivo, não deixa oportunidades escaparem. Assim foi Borges neste domingo, em sua estreia pelo Santos. Apresentado na última sexta-feira, sem muito tempo para treinar, ele foi escalado contra o Avaí, terceira rodada do Brasileirão, e definiu a vitória alvinegra por 3 a 1. Seus dois gols (o segundo foi irregular) garantiram ao Alvinegro seu primeiro triunfo na competição e dão à torcida a esperança de o time ter, enfim, encontrado o parceiro certo para Neymar.

Borges é o primeiro reforço de peso do Peixe para a competição nacional. Ele chega para substituir Zé Eduardo, que foi vendido para o Genoa-ITA e partirá sem jamais ter sido unanimidade. Keirrison, que seria o 9 santista, também está de saída. Foi tão mal que é como se nunca tivesse vindo.

Com o resultado, o Peixe vai a quatro pontos. Ocupa agora a 11ª posição. Já o Avaí segue na lanterna da competição. Perdeu seus três primeiros jogos. Sofreu nove gols e marcou só dois.     O Santos volta a campo no próximo sábado, às 18h30m (horário de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG). O Avaí, no mesmo dia e horário, recebe o América-MG, na Ressacada, em Florianópolis (SC).

Juiz de luto, e artilheiro inspirado

Antes do início da partida deste domingo, um minuto de silêncio em homenagem à mãe do árbitro José de Caldas Souza (que apita pela Federação do Distrito Federal), que faleceu neste domingo. Ele não conseguiu voo para voltar ao Maranhão para se despedir. O jeito foi trabalhar. Passado esse momento triste, a bola rolou. E bastaram nove minutos para Borges mostrar sua credencial.

O técnico Muricy Ramalho já havia avisado que o reforço era garantia de gol. O novo camisa 9 alvinegro confirmou a previsão do chefe ao completar desvio de Zé Eduardo após cobrança de escanteio de Alan Patrick. O atacante comemorou com a bola sob a camisa, em homenagem aos filhos Mateus e Gabriel, os gêmeos que estão à caminho.E foi isso. O primeiro tempo se resumiu a esse lance de oportunismo do novato.

om três zagueiros e dois volantes, o Avaí congestionou o meio de campo. Um mar de camisas azuis e brancas impedia a chegada dos santistas à meta. A bola batia e voltava. O Leão catarinense mostrava força nos desarmes, mas não tinha nenhuma criatividade com a bola nos pés. Até chegou a rondar a área santista, mas sem jamais conseguir ameaçar o gol defendido por Rafael.

O Santos tinha desfalques importantes. Não pôde escalar seus dois laterais titulares (Jonathan e Léo estão machucados), nem seu capitão (o zagueiro Edu Dracena foi poupado). Mas o time sentiu falta mesmo de Elano e Neymar, que estão servindo à Seleção Brasileira.

Sem o meia, o Peixe não tinha alguém para acertar o passe no meio de campo – Alan Patrick, o substituto, não conseguia dar sequência às jogadas. E sem Neymar? Bem. Sem Neymar, o Alvinegro Praiano perdeu velocidade, a jogada inesperada, o drible genial, o arremate quase sempre certeiro. O ataque alvinegro foi previsível. Zé Eduardo e Borges não se encontraram. Isolados um do outro, presos no meio dos zagueiros.     Borges fez dois gols em sua estreia pelo Santos (Foto: Agência Estado)

Repeteco

O segundo tempo foi praticamente uma repetição do primeiro. Logo no início, jogada de escanteio, bola desviada no meio do caminho, gol de Borges. Dessa vez porém, o atacante estava em posição irregular. No momento em que Bruno Rodrigo deu uma casquinha na bola após cruzamento de Alan Patrick, o centroavante alvinegro estava adiantado. Para Borges, pouco importou. Ele festejou mais uma vez. Agora, pedindo para a torcida gritar e pular junto com ele. Na comemoração, Borges socou o ar, "para homenagear o homem" (Pelé).

O Avaí acusou o golpe. Sem nenhum articulação, perdido em campo, o time catarinense agora tinha dificuldades até para armar jogadas. O Santos tinha campo para jogar e criava chances. Borges só não fez o terceiro porque o goleiro Aleks praticou uma grande defesa.

Vendo que o adversário não ameaçava, Muricy Ramalho começou a fazer experiências. Tirou o meia Alan Patrick e colocou o zagueiro Bruno Aguiar. Quis observar o comportamento do time com três zagueiros. E foi exatamente nesse momento que, fiinalmente, o Avaí chegou. Chegou e marcou. Maurício Alves apareceu livre no meio dos defensores alvinegros e empurrou para a rede. Um vacilo geral da retaguarda santista.

Nada, porém, que ameaçasse a vitória alvinegra, garantida com um terceiro gol no lance final, em contra-ataque puxado por Arouca e finalizado por Rychely - foi o primeiro dele com a camisa do Santos.                      

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