Ronaldinho teve dificuldades contra o Figueirense
(Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM) Coadjuvante de luxo na goleada sobre o Cruzeiro, figura apagada na derrota para o Coritiba, apenas esforçado no empate sem gols com o Figueirense. Procura-se a versão craque de Ronaldinho Gaúcho. A torcida do Flamengo e Vanderlei Luxemburgo. Boa parte da entrevista coletiva do treinador após o jogo contra os catarinenses, nesta quinta-feira, teve o camisa 10 como figura central. O atacante foi discreto além da conta, errou tudo aquilo que tentou e ouviu vaias que ele não pôde contestar .
Luxa não soube explicar o porquê da queda de rendimento do seu principal jogador na reta final do Campeonato Brasileiro. R10 deixou de ser decisivo e não faz um gol desde 21 de setembro, no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG. Nem as cobranças de falta, um de seus pontos mais fortes, têm ajudado o time. Contra o Figueira, por exemplo, acertou praticamente todas na barreira. Apesar do esforço, não foi nada além de um jogador normal. Ainda assim, o treinador diz que não pode abrir mão do astro do time.
- Tirar o Ronaldo, já tirei outros jogadores, é normal. Só que tenho que manter o Ronaldo no campo. Ele foi contratado para ser o protagonista, a referência. Tirar o Ronaldo é mole, mas ele tem que estar dentro de campo e ser cobrado. Coloquei o Ronaldo pois ele pode decidir numa bola parada, numa jogada individual. Se ele não estiver bem, vai ser cobrado. Por isso mantenho o Ronaldo na equipe. Precisamos do Ronaldo craque, do Ronaldo que possa fazer a diferença em campo para nós. Contra o Figueirense, o Gaúcho comenteu cinco faltas e sofreu uma. Foram oito passes errados, duas roubadas de bola e só duas finalizações. Ele ficou uma vez em impedimento.
O rendimento de Ronaldinho cai justamente quando a equipe mais precisa dele. Com 13 gols, já ocupou o posto de arilheiro do time no Brasileirão, mas fora ultrapassado pelo atacante Deivid, que tem 15. Sob pressão, o jogador terá de mostrar nas três últimas rodadas que pode conduzir o Fla rumo à Libertadores. Sem chances de título, é a única parte do projeto que restou. O time está em quinto, com 56 pontos, na zona de classificação para a disputa continental.
Novela sobre salários atrasados se arrasta
Ronaldinho tem sido notícia também fora de campo. Por conta de problemas entre Traffic e Flamengo, o camisa 10 não recebe grande parte dos salários há três meses. Depois de três reuniões na semana passada, havia a expectativa de que o clube e a empresa assinassem um novo contrato até esta sexta-feira. O prazo, no entanto, não deve ser cumprido. As partes ainda debatem questões técnicas sobre a parceria. O atacante voltará a receber 24 horas depois da assinatura do documento. O irmão e empresário de R10, Roberto Assis, evita fazer críticas pela demora.
- É um assunto do Flamengo e da Traffic. É difícil fazer qualquer tipo de comentário, pois temos boa relação com as duas partes. Nós esperamos que tudo se resolva disse, por telefone.
Nesta semana, Ronaldinho teve seu nome envolvido numa possível transferência. O príncipe Sultan bin Nasser Al Farhan Al Saud, da Arábia Saudita, pretende comprar o Panathinaikos e quer o craque como principal reforço do clube grego a partir da próxima temporada. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM , o empresário Vlassis Tsakas, que representa o árabe em Atenas, diz que virá ao Brasil em breve para iniciar as negociações. O príncipe estaria disposto a pagar 30 milhões (cerca de R$ 71 milhões) pelo craque, que receberia um salário de 7 milhões (R$ 16,7 milhões) por ano. Assis diz que não houve qualquer contato , mas tem recebido propostas de clubes do exterior.
O Flamengo terá três domingos decisivos pela frente. Neste fim de semana, o Rubro-Negro visita o Atlético-GO, no Serrra Dourada, às 17h. No dia 27, o adversário será o Inter, que também briga por Libertadores, em Macaé. No dia 4 de dezembro, o grupo encerra a sua participação contra o Vasco. O local da partida ainda não está definido.
Os jogadores voltam a treinar na tarde desta sexta, às 15h30m, num hotel da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A delegação embarca à noite para Goiânia.
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