Com 'muita munição', Brasil quer ao menos um ouro no Mundial de Paris

Com 'muita munição', Brasil quer ao menos um ouro no Mundial de Paris

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:30

Depois de não subir ao alto do pódio eme Tóquio-2010, a seleção brasileira de judô quer conquistar pelo menos uma medalha de ouro no Mundial de Paris, na França. A competição, que será disputada desta terça, 23, até o próximo domingo, 28, no ginásio Palais Omnisport Paris Bercy, será transmitida ao vivo pelo SporTV.

Muitos dos medalhistas do Grand Slam do Rio estarão em Paris (Foto: Daniel Zappe / FOTOCOM.NET)

  Para atingir o objetivo de voltar para casa com as mesmas quatro medalhas conquistadas há dois anos na capital japonesa, mas desta vez com pelo menos um ouro na bagagem, 19 judocas (11 homens e oito mulheres) formam a seleção brasileira mais bem preparada de todos os tempos. Quem garante é o coordenador técnico Ney Wilson.

- Estão todos bem tecnicamente. O Leandro (Guilheiro) é um sério candidato ao ouro, é o segundo do ranking. O Hugo (Pessanha) e o Tiago (Camilo) estão bem ranqueados entre os médios. Entre as mulheres, a Sarah (Menezes) e a Mayra (Aguiar)... Ou seja, temos vários cartuchos para acertar alguns no alvo. É difícil acertar todos, mas temos bastante munição. Se a gente chegar as quatro medalhas do último Mundial, mas conseguir uma de ouro, passamos com louvor - afirmou Ney.

Habilidoso: Leandro Guilheiro em ação do Grand

Slam, no Rio (Foto: Daniel Zappe / FOTOCOM.NET)

  Leandro Guilheiro, prata no último Mundial, apontado pelos próprios companheiros como o judoca mais habilidoso da seleção, adotou o discurso antipressão às vésperas da competição.

- Quero lutar bem, só isso. Se eu me sentir bem na competição, o resultado virá. Não me pressiono nem ninguém tem o direito de me pressionar pela medalha de ouro. Não posso ficar pensando nisso, senão me esqueço de todo o caminho até chegar lá. Meu ciclo de treinamento foi visando ao Mundial, mas psicologicamente trato como qualquer outra competição, mesmo porque os adversários serão os de sempre - disse Leandro, que ainda tem no currículo dois bronzes olímpicos e o ouro no Grand Slam do Rio de Janeiro, em junho.

Com a experiência de quem conquistou o bronze nas Olimpíadas de Pequim-2008, Ketleyn Quadros encara o desafio de ser uma novata em Mundiais. E a estreante não faz a menor questão de esconder a ansiedade.

- Dá um friozinho na barriga, sim, o coração dispara. Faz parte - admitiu a peso leve, 25ª do ranking mundial, que ressaltou o equilíbrio da sua categoria - É muito competitiva, a 30ª do ranking pode ganhar da segunda, por exemplo - afirmou Ketleyn

A judoca destaca as três primeiras do mundo como suas principais adversárias: a japonesa Kaori Matsumoto, a portuguesa Telma Monteiro e a austríaca Sabrina Filzmoser.

- Tenho uma boa expectativa, porque estou vindo de competições fortes, treinando bem e sem lesões. O objetivo é sempre o ouro, mas qualquer outra medalha também é bem-vinda - afirmou Ketleyn.

Coração acelerado: Ketleyn Quadros vai disputar

seu primeiro Mundial (Foto: Cezar Loureiro/Globo)

  Leandro e Ketleyn estão entre os 955 judocas, divididos em 14 categorias, que vão brigar por medalhas a partir desta terça, na competição mais difícil do judô mundial. Tão difícil, que é a que mais soma pontos na disputa por vagas para as Olimpíadas de Londres, no ano que vem.

- O Mundial é o último grande evento antes das Olimpíadas, com os melhores do mundo. Não tem o glamour dos Jogos Olímpicos, porém é mais complicado, com mais que o dobro de participantes. Tem categoria com mais de 100 judocas, o que exige mais fisicamente dos atletas, porque são necessárias mais lutas para chegar à final - analisou Ney Wilson.            

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