Com os números a favor, Julio Cesar encara vaias por futuro melhor no Flu

Com os números a favor, Julio Cesar encara vaias por futuro melhor no Flu

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

Se contra fatos realmente não há argumentos, a torcida do Fluminense devia repensar a postura em relação a Julio Cesar. Um dos jogadores mais perseguidos pelos tricolores durante a campanha irregular em 2011, o lateral-esquerdo não é do tipo que rebate as vaias com declarações polêmicas ou atitudes intempestivas. Para isso, o camisa seis das Laranjeiras tem a seu favor os números, que, pelo menos em sua frieza, comprovam: o aproveitamento da equipe é melhor com sua presença em campo.

Julio Cesar tem números a seu favor com a camisa do Fluminense (Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)

  Levando em consideração os 21 jogadores mais utilizados do elenco atual, Julio Cesar é quem mais conquistou pontos com a camisa tricolor. Com 36 vitórias, 12 empates e oito derrotas em 56 jogos, o aproveitamento é de 69%, superando de longe estrelas como Fred (64,5%), Deco (60,8%) e Conca (57,2%). A estatística também favorece o lateral se calculadas apenas as participações na temporada atual. Foram oito vitórias, um empate e somente duas derrotas em 11 jogos, com 75,7% dos pontos. Média superada somente por Tartá (81,4%) e Fernando Bob (80%), que pouco jogaram, além de Marquinho (78,5%) e Deco (76,1%).     Amparado pelos números, Julio Cesar encara de frente as cobranças do torcedor e admite que seu desempenho desde que chegou às Laranjeiras não tem sido o mesmo que o levou a ser eleito o melhor da posição no Brasileirão de 2009, pelo Goiás. Algo que o próprio confessa que não se repetirá diante do formação tática do Flu.

- A expectativa criada na minha chegada foi muito grande pelo que fiz com a camisa do Goiás. Só que lá era diferente, eu atuava de outra forma, com mais liberdade. A equipe tinha três zagueiros. Hoje, com dois, preciso marcar muito mais. Ainda assim, os números mostram que sempre que estou em campo time vai bem, está vencendo. E isso que é importante. Tenho certeza que logo a torcida vai me apoiar e ficar do meu lado, como aconteceu nos últimos jogos.

Substituto de Carlinhos, que se recupera de uma torção no tornozelo, Julio Cesar, por sua vez, sabe que a força ofensiva é sua principal características e promete fazer uso desta arma para permanecer na equipe. Satisfeito com o desempenho nos últimos jogos, o camisa 6 se diz mais à vontade para se lançar ao ataque.

- Esse ano tem sido diferente por tudo que aconteceu no clube. O Muricy saiu, o Enderson chegou, há quem diga que o Abel está certo. Tem sido um pouco confuso. Mas para mim está sendo bom. Estou jogando, me sentindo bem, confiante, aparecendo bem na frente, apesar de jogar como lateral e ter obrigações na marcação. A temporada está sendo proveitosa e os números provam isso. Assim como foi ano passado.

A personalidade para seguir tentando as jogadas, no entanto, é a mesma com que o lateral-esquerdo encara vaias como as que sofreu na derrota diante do Boavista na Taça Rio e as considere injustas.

- Fico chateado, sim, porque às vezes acho que não é justo. Como foi na partida contra o Boavista, por exemplo. A torcida quis me culpar por uma derrota onde não tive culpa nenhuma. Foi o grupo todo que perdeu. Mas tenho que encarar com naturalidade. Sou um jogador experiente e sei que no Fluminense quando vence tudo é mil maravilhas, mas quando perde, como o Fred falou, é o inferno. Time grande é assim. Quando não vence, ninguém serve. Já estou calejado.

No último domingo, em Macaé, diante do Americano, não teve vaia. Efetivo no ataque, Julio Cesar foi responsável pelo passe para o segundo gol do Flu na goleada por 5 a 1, marcado por Araújo. Sensação que ele sentiu pela primeira vez na temporada.

Julio Cesar exibe número de sua camisa com filha Manuela (Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)

  - Eu me cobro muito na questão das assistências. É uma das minhas principais características e que não tem acontecido muito no Fluminense. Capricho bastante nos treinamentos visando isso. Essa contra o Americano foi a primeira do ano e me deixou aliviado. Tenho a consciência tranquila do meu trabalho, de que busco melhorar. Minha média costumava ser de 15, 20 assistências no ano e em 2010 esse número caiu muito.

Com a primeira assistência de 2011 já assinalada nas estatísticas, o jogador tricolor se prepara agora para encerrar o jejum de gols no ano. E desde a noite de quarta-feira tem um motivo a mais para isso: o nascimento de Beatriz, sua segunda filha.

- Estava com uma expectativa muito grande. É algo que me dá ainda mais força em campo, um momento especial da minha vida. Já fiz um monte de gol para a Manuela em 2009, no Goiás. Agora é a vez da Beatriz.

Assim como Beatriz, a torcida do Fluminense aguarda por novos gols e assistências, para que as estatísticas sejam melhores também no quesito vaias.      

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