Comandado por Paulinho Japonês, Corinthians encara o algoz de 2010

Comandado por Paulinho Japonês, Corinthians encara o algoz de 2010

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Paulinho (à esquerda) comemora com o time um de seus três gols na Liga Futsal 2011 (Foto: Divulgação)

  Ele é neto de um japonês, morou cinco anos na Espanha e é comparado ao italiano Fabrizio Ravanelli, ex-jogador de futebol, que fez história com a camisa da Juventus. Prestes a completar 35 anos, o cosmopolita Paulinho Japonês é um dos destaques do Corinthians, que encara o Marechal Rondon, nesta segunda-feira, às 19h15m, no ginásio do Parque São Jorge, em São Paulo, com transmissão ao vivo do SporTV . Quinto lugar na Liga Futsal 2011, o Timão encara o seu algoz da última edição da competição.     - Na Liga Futsal 2010, fomos eliminados justamente pelo Marechal Rondon, na semifinal. Não penso em entrar em quadra com o espírito de revanche, mesmo porque estamos na primeira fase ainda. Talvez, se enfrentarmos o Marechal Rondon em uma fase decisiva, aí sim, podemos pensar em vingar a derrota do ano passado. Por enquanto, não é bom entrar nesse clima - afirma Paulinho Japonês, que está no Corinthians desde 2009.

Apesar de não falar em revanche, ele acredita em um jogo muito disputado nesta segunda-feira à noite. Na semifinal de 2010, o Marechal Rondon venceu o Alvinegro por 2 a 0, no Paraná, e arrancou um empate em 1 a 1 em São Paulo.

- Certamente, será um jogo difícil, pois o time deles tem a defesa menos vazada da competição. O Marechal Rondon é uma equipe que quase não deixa o adversário jogar. Vamos ter de aproveitar ao máximo as chances que criarmos durante a partida - analisa o camisa 10 corintiano.     Do lado do Marechal, o goleiro Léo Oliveira aposta em uma partida de alto nível, ressaltando que o time paranaense e o Corinthians são possuidores de grandes virtudes.

Marquinhos Xavier é apontado como o grande mentor

do sistema defensivo do Marechal (Foto: Divulgação-CBFS)

  - Minha expectativa é de um grande jogo de futsal. O Marechal deverá vir com um sistema defensivo muito bem montado e com um volume muito grande de finalizações de média e longa distância. Já o Corinthians vem para o jogo com jogadores renomados, de muita experiencia e de muita força ofensiva.

Um dos responsáveis pelo bom funcionamento do sistema defensivo do time paranaense - a equipe sofreu apenas 24 gols na Liga Futsal - ele explica o bom funcionamento do setor.

- Somos cobrados pelo nosso técnico (Marquinhos Xavier) a marcarmos forte. Todos os nossos jogadores marcam, inclusive os pivôs. Isso já vem de longa data aqui no Marechal Rondon. Em 2009 e 2010, também tivemos a defesa menos vazada da Liga Futsal - lembra Léo, que diferentemente de Paulinho Japonês, acredita em um confronto regado à rivalidade logo mais, no Parque São Jorge. - A semifinal do último ano ainda está viva na nossa memória. Foi o jogo mais marcante de muitos aqui.

Acredito na criação de uma nova rivalidade, mas uma rivalidade sadia e com muito respeito entre ambas as partes - completa.

Um jogador cosmopolita

Campeão da Liga Futsal em 1997 e 2002, Paulinho Japonês já está mais que acostumado com o surgimento de rivalidades. Com uma passagem de cinco anos pelo futsal espanhol, ele já disputou os mais variados clássicos nos mais diferentes tipos de competição. Para o jogador corintiano, há muitas diferenças entre o futsal brasileiro e o da Espanha.

Paulinho Japonês posa com Simi: dupla vem caindo

nas graças da Fiel (Foto: Divulgação)

  - São duas escolas totalmente diferentes. A marcação deles é bem diferente da nossa e a forma de manter a posse de bola também é muito diferente do que fazemos aqui no Brasil - afirma o jogador, que diz que o futsal espanhol é muito mais organizado. - Lá, não jogamos em quadra com menos de 40 metros, nem temos rodadas irregulares, com uns times jogando e outros descansando - critica ele.

Sobre a vida fora de quadra na Espanha, ele elogia a civilidade de povo espanhol e a boa estrutura das cidades do país.

- Lá você não vê lixo nas ruas e as cidades são todas muito bem estruturadas. Para você ter uma ideia de como é boa a qualidade de vida lá, a minha mulher fez o acompanhamento médico da gravidez todo em hospital público. Em São Paulo, não conseguiríamos ter um atendimento público com essa qualidade. Sem contar que o custo de vida aqui é muito maior - compara o atleta.

Neto de um japonês, Paulinho sofre desde os 22 anos com as provocações de seus companheiros de futsal por conta de seus cabelos brancos, que começaram a surgir de forma precoce. O jogadorjá chegou a ser comparado a Fabrizio Ravanelli, atacante italiano famoso nos anos 90.

- Em todos os clubes que eu passo, sempre brincam com os meus cabelos grisalhos. Eu não ligo para essas brincadeiras. Levo tudo na boa. Digo que sou tão corintiano, que tenho o cabelo preto e branco - brinca o jogador, que, ao lado de Simi, é o nome mais cantado pela Fiel.          

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