iG São Paulo
Grupo independente quer investigar eleições da entidade e processos de escolha das sedes da Copa
Se o comitê independente opte por investigar casos passados, Blatter pode ser um dos alvos
Foto: AFP
Um comitê independente, criado para fiscalizar a reforma na Fifa, decidirá em abril se irá fazer investigações sobre acusações de corrupção do passado envolvendo dirigentes do mais alto nível da entidade, como o presidente Joseph Blatter. A decisão vai depender de como a Fifa responderá às recomendações do comitê sobre a reforma, na reunião do comitê executivo nos dias 29 e 30 de março.
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"Após esse encontro vamos decidir se haverá uma investigação sobre as acusações mais graves do passado", afirmou em entrevista ao jornal The Guardian Mark Pieth, professor de criminologia no Instituto Basel, da Suíça, que liderad a comissão independente. "Queremos ver a resposta da Fifa às nossas recomendações e se não ficarmos satisfeito todas as opções estão abertas, inclusive a criação de uma comissão com investigadores especializados".
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Pieth demonstrou preocupação especialmente com a impunidade em casos de corrupção. Ele diz que é preciso aplicar ideias para uma revisão completa no sistema da Fifa, que possibilitem "entender o que deu errado no passado e garantir que não aconteça de novo". Só assim, afirma ele, a entidade voltaria a ser vista com credibilidade.
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Entre os casos mais polêmicos envolvendo altos dirigentes da Fifa, está o suposto pagamento de propina a federações do Caribe por Mohamed bin Hammam. Além do banimento do próprio bin Hammam, o caso resultou na demissão de Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa. Mais tarde, Warner acusou Blatter de trocar os direitos de TV da Copa na região por votos nas eleições presidenciais.
Pressionado para dar início às investigações o mais rápido possível, Pieth prefere não ter pressa. "Eu sei que isso é muito emotivo e as pessoas estão impacientes, mas já esperaram por 10 anos para a reforma na Fifa, então espero que possam esperar mais dois meses", disse.
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