Confronto entre Palmeiras e Valdivia tem interpretações diferentes

Confronto entre Palmeiras e Valdivia tem interpretações diferentes

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:02

A novela Valdivia ainda vai dar muita confusão. Depois de desabafar em entrevista à rádio Eldorado/ESPN na última segunda-feira, dizendo que foi o único atleta a receber um documento para evitar excessos nas férias e de atacar o diretor de futebol, Vladimir Pescarmona e o técnico Luiz Felipe Scolari, nesta terça-feira o presidente do Sindicato dos Atletas, Rinaldo Martorelli, e o presidente da Comissão do Direito Trabalhista, Eli Alves Silva, apresentaram versões diferentes sobre o fato.

Para Martorelli, o Palmeiras fez o que deveria fazer e o atleta é que precisa entender que precisa ser profissional. Por isso, é válido o fato do clube ter dado um documento para o chileno assinar, o que não aconteceu.

- O Valdivia foi alertado para ter uma conduta profissional, para que sua lesão não se agrave. Entendo que foi uma medida salutar. O atleta tem que assumir sua responsabilidade. O sindicato está servindo como cartório. Todo entendimento do clube tem que passar pelo sindicato antes de chegar ao atleta. O Palmeiras quer se resguardar nesse sentido. Espero que o Valdivia se resguarde e que volte bem. Se isso acontecer, tudo vai cair no esquecimento. Caso contrário, o resultado poderá ser apreciado no judiciário trabalhista – afirmou o dirigente, em entrevista à rádio Jovem Pan.

Martorelli, inclusive, diz que o Palmeiras tomou uma medida que deveria ser seguida por outros clubes.

- Eu não posso entrar na relação atleta-clube, mas fico feliz que o Palmeiras está tomando um rumo profissional na relação trabalhista. O fato de ter mandado a cartilha para o sindicato foi de muita importância – ressaltou.

Já Eli Alves Silva tem posição diferente.

- Eu particularmente não conheço detalhes deste fato. Tudo depende do contrato de trabalho existente entre o clube e o jogador. Em tese, a partir do momento em que o atleta é responsável, ele sabe que depende do seu estado físico para render bem. Só que férias é o período de liberdade profissional. O clube pode fazer um pedido de que não haja excesso, mas obrigá-lo a assinar um documento é algo temeroso – disse, em entrevista à rádio Bandeirantes.

Eli disse que a questão pode ser decidida na Justiça.

- Se o jogador não está se cuidando o suficiente, cabe o clube tomar as providências de acordo com a legislação, isso pode ser uma advertência ou até mesmo uma demissão por justa causa. Mas isso tem de ser feito com fundamento, caso contrário, essa decisão do clube pode ser anulada judicialmente – lembrou.

Diretoria calada

Desde a noite de segunda-feira, a reportagem do GLOBOESPORTE.COM busca contato com os principais dirigentes do Palmeiras para que o clube se posicione sobre as reclamações feitas pelo meia Valdivia.  Todos estão com os celulares desligados.    

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