Conversa e 'desconfiança': as armas do Palmeiras contra a bola aérea

Conversa e 'desconfiança': as armas do Palmeiras contra a bola aérea

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Aos 45 do segundo tempo, Leandro Damião aproveitou a sobra de uma bola cruzada na área e decretou o empate por 2 a 2 do Internacional com o Palmeiras, domingo, no Beira-Rio (veja o gol no vídeo ao lado). A bola aérea, mais uma vez, deu dor de cabeça ao técnico Luiz Felipe Scolari, que viu sua equipe sofrer do mesmo mal nos últimos cinco jogos em que o Verdão tomou gols.

Excluindo-se as vitórias sobre Coritiba (2 a 0), Botafogo e Atlético-PR (ambas por 1 a 0), o time tem pecado no fundamento desde as quartas-de-final do Campeonato Paulista. A raiz do problema, segundo o elenco, pode estar no "excesso de confiança".

Com uma grande carga de treinos na semana, os jogadores já têm posicionamento definido para cada situação de bola aérea. Como a preparação é minuciosa, um já tem extrema confiança na qualidade do outro - o que traz problemas em caso de um mínimo erro. Com tanta cumplicidade entre os defensores, o Verdão deixou de se preparar para imprevistos.     - É tudo questão de posicionamento. Um olho na bola, outro na marcação. Às vezes você olha e acha que o outro vai tirar a bola, mas acaba saindo o gol. Temos de parar com isso, desconfiar um pouco do companheiro e ir na bola. Confiar, mas desconfiando, é o ideal - revelou o lateral-direito Cicinho.

Da fase final do Paulistão até agora, foram cinco gols sofridos da mesma maneira, em cruzamentos vindos de cobranças de escanteio. O Verdão sofreu contra Mirassol, Corinthians, Coritiba (o primeiro da goleada por 6 a 0), Cruzeiro e Inter. Dos três gols sofridos no Campeonato Brasileiro, dois foram em bolas aéreas - o outro foi contra, de Márcio Araújo.

A cada semana, Felipão bate na mesma tecla, dá bronca em seus defensores e trabalha demais a jogada defensiva durante os treinamentos. Para Cicinho, ainda há ajustes a serem feitos - mais na base da conversa do que na bola.

- Conversamos muito, o Felipão também fala. Sempre tomamos gols de escanteio, quando o atacante se antecipa e cai no segundo pau. Contra o Inter, todo mundo se preocupou com o segundo pau, e acabou no primeiro... Falta mais atenção, conversar mais em campo. O Felipão tem falado isso, é só conversando e treinando para melhorar - destacou.

O Palmeiras volta a campo neste domingo, às 16h, contra o Avaí. O palco do jogo é o Canindé, casa em que o time ainda não sofreu gols na temporada - cinco jogos, cinco vitórias e dez gols marcados. No local onde se sente mais à vontade, a equipe de Felipão pode reiniciar a boa sequência da defesa que é considerada uma das melhores do país - apesar da bola aérea.          

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