Cruzeiro vence Verdão e é vice

Cruzeiro vence Verdão e é vice

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:05

Ninguém imaginou que a última rodada poderia guardar tantas emoções para os líderes Fluminense, Corinthians e Cruzeiro. Os dois primeiros jogavam contra equipes rebaixadas, enquanto a Raposa recebia os reservas do Palmeiras. Os primeiros 45 minutos terminaram empatados nos três estádios, e o segundo tempo deixou em aberto a disputa pelo título brasileiro. E na etapa final ocorreu o que poucos acreditavam em Sete Lagoas. Num contragolpe bem armado, Patrick fez boa jogada e cruzou para Rivaldo marcar.

O Cruzeiro, que já tinha obrigado Bruno a fazer grandes defesas, conseguiu o empate na base da pressão nove minutos depois, com Henrique. A partir daí, a torcida celeste que lotou a Arena do Jacaré empurrou o time, mas a notícia do primeiro gol do Fluminense tirou um pouco do ímpeto de todos. Mesmo vendo o Flu com o título nas mãos, os jogadores do Cruzeiro lutaram até o fim e conseguiram a virada, aos 46 minutos. Wallyson fez jogada indivual, bateu para o gol e contou com a sorte para marcar. A bola bateu na trave, nas costas de Bruno e entrou para decretar o 2 a 1.

E para aumentar o clímax na Arena do Jacaré, a bola ainda rolava no Engenhão para Flu e Guarani. Mas o 1 a 0 foi mantido pelo tricolor que pôde comemorar seu bicameponato. Ao Cruzeiro coube celebrar o vice-campeonato e a vaga direta para a Libertadores de 2011, já que Goiás e Corinthians ficaram no 1 a 1 no Serra Dourada.

Pressão no início e equilibrio no fim

O forte calor que pairou sob o céu de Sete Lagoas não foi capaz de desanimar a torcida do Cruzeiro, que lotou a Arena do Jacaré. Confiante na conquista do título, apesar das chances remotas, os cruzeirenses fizeram festa desde a entrada dos mascotes no gramado. Nunca se viu tantos torcedores cruzeirenses com radinhos ou fones no ouvido como neste domingo. O fato de ter que torcer contra outros resultados, além da vitória celeste, deixaram os torcedores na Arena apreensivos do início ao fim da partida.

A ligação entre o jogo do Cruzeiro e os jogos do Fluminense e Corinthians começou logo nos vestiários. A Raposa retardou um pouco a entrada no gramado por conta dos atrasos nas entradas das equipes no Rio de Janeiro e em Goiânia.

Como não poderia ser diferente, o Cruzeiro começou a partida em cima do Palmeiras, que se defendia na base da vontade, uma vez que o time de Luiz Felipe Scolari era composto por apenas um titular, o zagueiro Fabrício.

O lado direito com Rômulo e com Thiago Ribeiro levava perigo à defesa do Verdão. A cada ataque, a torcida do Cruzeiro cantava bastante na esperança de que o time abrisse o placar e colocasse pressão nos adversários pelo título.

Aos 13 minutos, o grito de gol quase saiu da garganta dos cruzeirenses. Henrique recebeu bom passe de Montillo e chutou da entrada da área. O goleiro Bruno defendeu, mas quase deixou a bola passar.

Se não saiu o gol em Sete Lagoas, a torcida do Cruzeiro vibrou com o gol do Goiás sobre o Corinthians, quando o cornômetro marcava 19 minutos na Arena. O meia Roger foi à beira do gramado perguntar para os jornalistas de quem teria sido o gol.

Um grupo de torcedores do Cruzeiro que estava atrás do banco de reservas do Palmeiras pedia aos gritos que Felipão entregasse o jogo. O treinador palmeirense retribuiu o pedido com gargalhadas. A descontração do treinador contrastava com a tensão do técnico celeste. Cuca gritava com seus jogadores para melhorar o posicionamento, já que o Palmeiras começou a conseguir espaços no contra-ataque.

E o Palmeiras quase abriu o placar aos 34 minutos. Em rápido contragolpe, Dinei recebeu livre e chutou por cima, quase encobrindo o goleiro Fábio. Susto na Arena do Jacaré.

E aos 45, Henrique teve a melhor chance da Raposa. Thiago Ribeiro cruzou e o volante deu um peixinho à queima-roupa, mas o goleiro Bruno fez brilhante defesa.

Virada no fim, mas frustração pela vitória Tricolor

Aos gritos de ‘Eu acredito’, o Cruzeiro voltou a campo com Gilberto na vaga de Rômulo, que teve atuação discreta. Aos quatro minutos, novamente o goleiro Bruno salvou o Palmeiras. Montillo cobrou falta da entrada da área e o camisa 1 palmeirense espalmou buscou no ângulo e espalmou para corner.

Quando o Cruzeiro exercia uma certa pressão, o Palmeiras calou a Arena do Jacaré. Em um contra-ataque rápido, o meia Patrik deixou três para trás e tocou por cima de Fábio. A bola sobrou para Rivaldo, que só escorou de cabeça para o gol vazio, aos oito minutos.

O gol descontrolou totalmente a equipe cruzeirense, que passou a ceder espaços para o contra-golpe palmeirense. Por pouco Patrik não completou um cruzamento rasteiro, aos 13.

O técnico Cuca tentou mudar a postura da equipe e colocou o argentino Farías no lugar de Roger. E a esperança celeste voltou aos 17 minutos. Henrique recebeu de Diego Renan e chutou rasteiro, cruzado, para empatar e colocar fogo na partida.

Mas o gol de Emerson 'Sheik' no Engenhão foi como um balde de água fria para os cruzeirenses, que imediatamente pararam de vibrar.

A partir daí o Cruzeiro passou a errar muitos passes, mas não desistiu de tentar. E a recompensa veio aos 46 minutos com um jogador contestado pela imprensa. Wallyson, que havia entrado no lugar de Wellington Paulista, fez jogada individual, bateu de direita e contou com a sorte para marcar. A bola explodiu na trave direita de Bruno, voltou em suas costas e entrou, 2 a 1 e olho no cronômetro.

Como o jogo do Fluminense tinha alguns minutos de atraso para o da Raposa, torcida e jogadores ainda aguardaram por um gol salvador do Guarani, que não veio. Tristeza pelo vice-campeonato, mas apoio dos torcedores que exaltaram a luta da equipe ao longo da temporada.

por Fernando Martins Y Miguel

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