D'Alessandro, homem Gre-Nal, encanta até gremistas

D'Alessandro, homem Gre-Nal, encanta até gremistas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:09

D'Alessandro talvez não conheça a expressão “homem Gre-Nal”. Talvez mal saiba que seja um termo que poderia estar tatuado na pele dele, que poderia substituir seu nome na carteira de identidade, que poderia ser mais um apelido para ele, uma alternativa para "El Cabezón". O clássico deste domingo, no Olímpico, comprovou que um sujeito saído da Argentino nasceu para desequilibrar no clássico dos gaúchos. D'Alessandro impediu que o Inter perdesse para o Grêmio. E, depois do jogo, recebeu carinho até de gremistas.

Duas torcedoras do Grêmio, com camisa e tudo, estavam na saída do vestiário do Inter. Elas pegaram autógrafos de quase todos jogadores colorados, tiraram fotos com todos eles. Mas faltava D'Alessandro. Lá veio o argentino, um dos últimos a sair do banho, com um sorriso de orelha a orelha. Ele parou ao lado delas, posou para fotos, também atendeu a um menino, igualmente gremista. O meia, minutos antes, tinha feito seu quarto gol em clássicos. É homem Gre-Nal, embora talvez não perceba.

- Homem Gre-Nal? Ah, não tem nada disso... – afirmou o jogador.

Homem Gre-Nal, sim. Em 2008, D’Alessandro alcançou o supra-sumo na arte de desequilibrar um clássico: fez um gol e deu o passe para outros três na goleada de 4 a 1 sobre o Grêmio. Vieram outros dois gols em 2009 - um com o auxílio de toque de cabeça de Willian Magrão, outro em uma rara falha do goleiro Victor. E aí surgiu o clássico deste domingo.

D'Alessandro teve primeiro tempo irregular. Começou muito tempo, mas depois sumiu. Na etapa final, ele chamou o jogo. Dois chutes sequenciais, ambos de fora da área, deixaram o goleiro Victor em apuros. Em seguida, ele cobrou escanteio na cabeça de Índio. A conclusão do zagueiro foi espalmada por Fábio Rochemback, imediatamente expulso. Na cobrança do pênalti, Alecsandro marcou.

No duelo da camisa 10, estava 1 a 1 entre D'Alessandro e Douglas – o gremista havia dado o passe para o gol de André Lima. Foi então que o gringo desequilibrou. Ele pegou a bola na entrada da área, mirou o gol defendido por Victor e mandou o chute no cantinho, bem naquele espaço inalcançável. Venceu Douglas em um instante, ao fazer um gol que o meia tricolor não alcançou.

- Se formos avaliar por esse jogo, o melhor é o D’Alessandro, que foi mais efetivo – resumiu o técnico Celso Roth.

D'Alessandro admitiu, antes mesmo do clássico, que sua história no Gre-Nal é superior a sua trajetória em Boca x River. Agora, ficou ainda maior.

Por: Alexandre Alliatti

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