De volta ao Canindé, Jorginho pede união para fazer a Portuguesa crescer

De volta ao Canindé, Jorginho pede união para fazer a Portuguesa crescer

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:55

Ele foi um ótimo meia e teve o grande momento de sua carreira vestindo a camisa da Portuguesa na década de 80. No clube do Canindé, ficou nove temporadas, disputou 265 partidas e teve como melhor resultado o vice-campeonato paulista de 1985. O tempo passou, o jogador encerrou a carreira e, como é natural no mundo do futebol, Jorge Luiz da Silva, o Jorginho, virou treinador. E, 21 anos depois, ele volta com a missão de recolocar a equipe nos eixos. Após quase subir para a Série A do Campeonato Brasileiro no final de 2010, o time parece ter perdido o rumo em 2011. Não vence há quatro jogos no Paulistão e hoje estaria fora da próxima fase da competição.

Mas os problemas no Canindé não se resumem ao campo. Jorginho terá de conviver com uma torcida que ultimamente tem dado sinais que não aguenta mais a falta de resultados expressivos. Inclusive, após a derrota para o São Paulo, o meia Héverton, um dos maiores destaques do time, foi agredido por alguns torcedores na saída do vestiário. O mesmo já aconteceu com outros atletas no passado, como o meia Edno, que hoje defende o Corinthians.  

E o novo treinador já deu o recado logo na sua chegada: se não houver união, a Portuguesa não vai sair da difícil situação que se encontra hoje.

- Estou voltando depois de 21 anos. Aqui foi minha casa por nove anos. Eu sei como as coisas funcionam aqui. Também tem pressão no Corinthians, no São Paulo, no Flamengo, na Ponte Preta, no Goiás. Isso me dá animo para trabalhar. Torcedor pode protestar, é democrático isso. Só não pode exagerar e ter violência. A partir do momento em que você tem violência comigo, eu posso fazer da mesma maneira e isso não leva a nada. Sozinho, ninguém consegue vencer. Se cada um puxar a corda para o lado, não vai adiantar absolutamente nada – avisou o treinador, que substituirá Sérgio Guedes, demitido após a derrota por 1 a 0 para o São Caetano.     Jorginho chega ao clube em situação bem diferente dos seus antecessores: seu contrato não tem prazo estabelecido. Ele espera poder ficar muito tempo no Canindé. Inclusive, o vice-presidente de futebol da Lusa, Luís Iauca, disse que o atual técnico tem tudo para se tornar o Alex Ferguson do futebol brasileiro, referindo-se ao técnico que comanda o Manchester United na Inglaterra desde 1986.

- Futebol é confiança e trabalho. Para mim, a palavra já basta. Se vocês lembrarem, Telê Santana não fazia contrato no papel. Eu chego com muita vontade de trabalhar porque sei que a Portuguesa não está no lugar que ela merece. Pena que na quarta já temos um jogo tão importante contra o Bangu, pela Copa do Brasil. O ideal seria ter pelo menos uma semana de trabalho antes de entrar em campo – ressaltou.

Jorginho comandará apenas dois treinos antes do duelo deste meio de semana. E sua missão é complicada, afinal a Lusa perdeu o jogo de ida por 3 a 1, em Moça Bonita, na última semana. Para se classificar nos 90 minutos, o time paulista precisa ganhar por 2 a 0. Se levar um gol, terá de marcar quatro. Se o placar do primeiro jogo se repetir a favor da Lusa, o classificado será conhecido nas cobranças de pênaltis.    

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