Depois do NBB, Brasília volta a bater o Fla e conquista a Liga Sul-Americana

Depois do NBB, Brasília volta a bater o Fla e conquista a Liga Sul-Americana

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

O reencontro foi como o esperado e marcado pelo equilíbrio que tanto caracteriza a maior rivalidade do basquete nacional na atualidade. O Flamengo sonhava com o bicampeonato da Liga Sul-Americana e com a oportunidade de devolver ao Brasília a derrota que ficou atravessada na garganta na final do NBB. O atual campeão brasileiro queria se impor e provar novamente o gostinho de um título, agora internacional. E conseguiu de novo. Não se importou se estava na casa do adversário ou diante de um time que sempre lhe deu muito trabalho. Teve nervos, paciência e fôlego para vencer e calar a torcida rubro-negra: 96 a 86 (53 a 44). Com o resultado, a equipe brasiliense comemora um ano perfeito, com as duas taças em sua galeria.

A próxima edição será disputada a partir de outubro de 2011 com três sedes na primeira fase: Quito (EQU), Montevidéu (URU) e Santiago (CHI). O Brasil terá três equipes. Argentina e Uruguai terão dois, respectivamente; enquanto Chile, Equador, Colômbia, Venezuela e Paraguai, um. O hexagonal final será no período de 22 a 26 de novembro em local a ser definido. A novidade é que os times poderão ter até três estrangeiros inscritos. Antes, apenas dois eram permitidos.

O jogo

Não havia espaços para falhas. Qualquer erro de passe tinha uma cesta como resposta. Foi assim também com as bolas de três. E foram elas que deram no primeiro quarto o respiro que cada time precisava. Ora com Marcelinho e Teichmann, ora com Alex e Guilherme. Mas o cestinha rubro-negro mostrava inspiração e já tinha 15 pontos no bolso. Duda, o outro Machado em ação, também tratou de mostrar quem era o dono da casa com um chute longo, quando o cronômetro zerava, que fez a vantagem crescer para nove pontos e o Brasília franzir a testa: 33 a 24.

Panorama que mudaria completamente depois de uma falta técnica tomada por Marcelinho, logo no início do segundo período. Nezinho anotou oito pontos seguidos, seis deles de bolas de três, e conseguiu a virada (38 a 35). A cabeça da equipe rubro-negra também virou. As reclamações com a arbitragem eram constantes e os erros vieram a galope. Do outro lado, a constância era de cestas, principalmente de Guilherme. Para complicar, Marcelinho ia para o banco carregado com três faltas. A diferença rocou na casa dos dez pontos, caiu para seis com a volta de Marcelinho ao jogo, mas voltou a subir com mais um arremesso certeiro de Guilherme: 53 a 44.

Em menos de dois minutos, o silêncio tomou conta do banco do Brasília. A pressão rubro-negra vinha da arquibancada, vinha dentro de quadra. A marcação passou a ser mais agressiva. Duas roubadas de bola seguidas provocaram o empate: 56 a 56. A virada foi uma questão de tempo (60 a 56). O clima ficava ainda mais quente. Alex cometeu a quarta falta e foi para o banco. Marcelinho teve de fazer o mesmo. E viu de lá Cipriano e Nezinho frearem a reação (64 a 61). O Flamengo tinha dificuldades de entrar no garrafão do rival e insistia nas bolas de três (até aquele momento tinha acertado cinco em 19 tentativas). E elas davam em aro. No último segundo do terceiro quarto, Wagner pôs o time no jogo novamente: 73 a 71.

O empate veio logo em seguida. Só que a precipitação ofensiva custou caro mais uma vez. O Brasília trabalhava melhor a bola e fazia 81 a 75. Era hora de Marcelinho voltar. E Alex também. Fred fez três faltas seguidas, foi eliminado e mostrou irritação. O Flamengo perdia o seu armador. Lutava, mas as escolhas não eram as melhores. As do Brasília, sim. O prêmio foi a taça inédita para a galeria.

Por: Danielle Rocha

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