'Desligada' de Neymar e Lucas, sub-20 inicia oitavas contra Arábia

'Desligada' de Neymar e Lucas, sub-20 inicia oitavas contra Arábia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:31

Neymar e Lucas vestirão nesta quarta-feira a mesma camisa amarela de Oscar, Philippe Coutinho & Cia., mas estarão separados por mais de 8.600 quilômetros de distância. Em Stuttgart com a Seleção Brasileira para enfrentar a Alemanha, os principais nomes da conquista do Sul-Americano praticamente já não são mais ligados à sub-20, que inicia as oitavas de final no Mundial da Colômbia, no Estádio Metropolitano, às 22h (de Brasília), contra a Arábia Saudita. Um feito considerável para um time que pisou em Barranquilla “bombardeado” de perguntas sobre suas antigas estrelas – especialmente o craque do Santos – e se despede da cidade rumo, quem sabe, a Pereira.

Ney Franco tem o time pronto para o duelo com a Arábia Saudita pelas oitavas de final do Mundial Sub-20

(Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

  Em três oportunidades, o Brasil aproveitou muito bem duas delas pelo Grupo E. Após empatar na estreia com o Egito, goleou Áustria e Panamá com propriedade e fez, até o momento, os críticos esquecerem das ausências de ambos. Se para um site especializado todo o time é até mais barato do que a multa rescisória de Neymar, nomes como Oscar, Philippe Coutinho e Danilo se tornaram as estrelas da equipe pelo que fizeram no campo e devem deixar a competição ainda mais valorizados. O que não é novidade alguma para o técnico Ney Franco.

Neymar e Lucas festejam o título do Sul-Americano Sub 20 (Foto: EFE)

  – Internamente, nós da comissão já sabíamos que isso iria acontecer. A ligação com Neymar e Lucas também era previsível, pois eu vim à Colômbia logo depois do Sul-Americano e senti esse apelo do público. Mas os atletas sabem que o futebol brasileiro não pode ser dependente em qualquer categoria de um ou dois jogadores. Se o Neymar realmente estivesse aqui, poderia ser eleito o melhor do Mundial, como o Oscar para mim é um dos destaques até o momento e tem sido muito elogiado por observadores da Fifa, o Coutinho está crescendo, o Danilo virou ídolo para a torcida... Tem sido interessante ver essa transformação, mas sei que só vai durar enquanto tivermos bons resultados – disse o treinador, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.

Novidades: Galhardo na lateral, Danilo no meio

Ney Franco não tem problemas em admitir que ainda luta para encontrar a formação ideal do time. Para ele, é um processo natural, já que é durante a competição que se pode avaliar melhor. Não à toa já fez uma importante mudança tática, colocando o lateral-direito Galhardo no lugar do atacante Willian – o zagueiro Juan retorna de suspensão. Além de reforçar o sistema defensivo, passando Danilo para o meio-campo - onde se sente mais à vontade -, o treinador deu mais liberdade a Casemiro e, principalmente a Oscar e Coutinho.

– O Coutinho quando começou a treinar estava 50 dias de férias por jogar no Inter de Milão e praticamente realizou uma pré-temporada na Granja. Seria natural que ele estivesse crescendo fisicamente, mas está correspondendo até acima da minha expectativa e já tem três gols – afirmou Ney Franco.

– É o momento de concentração máxima. Tanto eu, como o Coutinho e alguns outros jogadores têm que chamar a responsabilidade para ajudar o Brasil a se classificar. Não podemos perder tantos gols como vem acontecendo – cobrou o meia Oscar.

Arábia Saudita faz mistério

Do outro lado, o técnico Khalid Alkaroni optou pelo mistério ao não divulgar a escalação da Arábia Saudita. A tática muitas vezes pode não funcionar, mas a intenção é esconder informações do Brasil, que inclusive o venceu em um amistoso preparatório disputado na Granja Comary, por 3 a 0. Além disso, o assistente Éder Bastos assistiu à derrota para a Nigéria, que encerrou o Grupo D e pôs os árabes no caminho canarinho.

– Obviamente a fase mata-mata é diferente de tudo o que aconteceu até o momento. Inclusive do amistoso. A formação do nosso time será diferente, vamos jogar no ataque, mas não posso falar do time – contou Alkaroni, que acredita em uma surpresa tanto quanto o zagueiro Motaz Hawsawi.

– É futebol, 11 contra 11. Obviamente seria ótimo parar o Brasil, ainda mais no meu caso que estou voltando de uma contusão e farei o meu primeiro jogo no Mundial – encerrou, sem saber se também será o último.            

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