Ídolo tímido, Conca assume cobrança dobrada por um 2011 ainda melhor

Ídolo tímido, Conca assume cobrança dobrada por um 2011 ainda melhor

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:55

Enfim, ele falou. E com a responsabilidade bem maior do que da última vez. Sem dar entrevistas desde a semana do título do Brasileirão de 2010, Darío Conca encarou os microfones nesta quinta-feira, nas Laranjeiras, e falou sobre a pressão de iniciar a temporada como melhor jogador do país.

Com personalidade, o apoiador argentino admitiu que as críticas sobre seu desempenho serão mais pesadas após a performance de excelência no ano passado, mas garantiu encará-las com naturalidade. Para suprir as expectativas de torcedores e mídia, Darío tem uma fórmula simples: trabalhar.

- Pelo que fiz ano passado, aumenta a cobrança. Mas sei que a camisa do Fluminense é importante e todo jogador que vestir vai ser cobrado. Tenho que me preocupar em trabalhar para ajudar o time a ganhar, fazer grandes jogos e passar para a final.

Tímido e discreto, o camisa 11 tricolor evita chamar para si os holofotes. Nem mesmo a alcunha de ídolo Conca aceita assumir abertamente. Entretanto, não esconde a satisfação por ter feito algo grandioso na história do Fluminense.

- Quando se ganha um título, a importância para o clube passa a ser maior. Mas essa pergunta (se é ídolo ou não) tem que ser feita para o torcedor. Essa não é minha preocupação. Quero ajudar o Fluminense a ser campeão, independentemente de qualquer coisa.

Totalmente recuperado da artroscopia que o afastou dos gramados por 33 dias no início do ano, o argentino já entrou em campo cinco vezes em 2011. A evolução tem sido gradativa, mas o estágio alcançado ainda não satisfez o próprio atleta.

- Já estou bem melhor. Espero fazer um bom trabalho e ajudar meus companheiros com calma. Eu sabia que não ia ser fácil. Quero melhorar. Sei que posso e para isso estou trabalhando. Todo mundo aqui é profissional, dá importância ao trabalho e sabe o valor do dia a dia para fazer o melhor no jogo. Procuro ser assim para me sentir bem em campo e ser feliz. Essa é minha felicidade.

Campeão nacional, Darío Conca já entendeu também a importância de um título estadual em gramados brasileiros - a competição não existe na Argentina. Por isso, trata o Carioca com a mesma seriedade da Libertadores e lembra a arrancada de 2009, quando o Flu se salvou do rebaixamento e foi vice-campeão da Sul-Americana, para provar que é possível, sim, manter o bom rendimento sem priorizar nenhuma competição.

- Independentemente do campeonato, sabemos o que queremos: ganhar títulos. Temos uma partida pela frente e temos que dar importância. Em 2009, todos nos davam como rebaixados no Brasileiro e fomos até a final da Sul-Americana.

Xodó da torcida tricolor, Conca comentou as vaias recebidas pela equipe no empate diante do Argentinos Juniors, na estreia na Libertadores. Segundo ele, a força tricolor está justamente na união entre jogadores e torcedores, e pediu que essa sintonia volte a aparecer na semifinal da Taça Guanabara, sábado, às 17h (de Brasília), no Engenhão, contra o Boavista.

- Temos um jogo muito difícil pela frente, que é uma semifinal. É preciso pensar só nisso. Nas ruas, o torcedor mostra que está perto do nosso time e confia no elenco. A vaia ficou no passado. Pedimos o apoio do torcedor, assim como eles pedem entrega e o nosso melhor. Quando eles ficam ao nosso lado, ficamos mais fortes.

Novinho em folha, o argentino garante estar pronto para encarar a forte marcação dos defensores na luta para levar o Fluminense aos títulos também em 2011. Já os microfones...

- Tem marcadores muito duros, mas microfone é problema para mim.

Melhor para o torcedor tricolor, que Darío também fala com os pés.    

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