Em jogo muito ruim no Pacaembu, Peixe vence Coelho e salta na tabela

Em jogo muito ruim no Pacaembu, Peixe vence Coelho e salta na tabela

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

                                  Toques rápidos, criatividade, jogadas de efeito para empolgar a torcida? Nada disso. Santos e América-MG castigaram a bola neste sábado à noite, no Pacaembu, em jogo atrasado da sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O que se viu foram vários erros de passe, chutes tortos, muitas faltas, furadas, divididas fortes e quase nenhuma jogada lúcida. O jogo foi tão ruim que o único gol da partida, a favor do Peixe, foi marcado pelo zagueiro Anderson, do Coelho, em jogada atrapalhada.

Com o resultado, o Santos deu um salto na tabela. Saiu da 17ª para a 11ª posição, agora com oito pontos e um jogo a menos que a maioria de seus concorrentes (o clássico contra o Corinthians, que seria disputado no último dia 19, passou para 10 de agosto). O Coelho segue na zona de rebaixamento. Está em 18º, com cinco pontos.

Gol contra dá vantagem ao Peixe

Os dois times entraram em campo buscando sair do grupo dos quatro últimos colocados, apesar de o Santos ter entrado em campo com a vantagem de um jogo a menos que o América-MG. Marcação sempre forte e atenta, tentando sufocar as saídas de bola do Coelho. Ao menos nos minutos oficiais, o Peixe mostrou que voltou a dar todas as atenções ao Brasileirão, após a ressaca pela conquista da Taça Libertadores - no primeiro duelo após o título, a equipe foi derrotada pelo Figueirense (2 a 1). Para melhorar as coisas para o Peixe, logo aos seis minutos, o zagueiro Anderson, mostrando total desatenção, acabou marcando um gol contra de forma bisonha. Sozinho, ele poderia até dominar o cruzamento de Danilo, mas acabou cabeceando para a própria meta.

O América tentava sair em velocidade para o jogo, mas tinha dificuldades para entrar na área santista. Até chegou a arriscar chutes de fora, mas Rafael não fez nenhuma defesa difícil. A dupla de ataque do Coelho, formada por Fábio Júnior e Alessandro, estava isolada à frente, pois Rodriguinho, bem marcado, não conseguia se aproximar. Assim, era comum ver um dos homens de frente, Fábio Júnior, principalmente, voltando para buscar a bola na intermediária.

Já o Peixe, ao contrário do que ocorreu na última quarta-feira, em Florianópolis, esteve bem mais atento. Tudo bem que voltou a apresentar dificuldade na armação de jogadas. Alex Sandro, que é lateral-esquerdo, foi escalado no meio para puxar o time à frente. Só que, como ala, ele tem o hábito de carregar demais a bola, o que acabou atrapalhando as jogadas em determinados momentos. Um exemplo da falta que Elano, Ganso e Neymar, todos servindo à Seleção Brasileira, fazem à equipe.

Cabia então ao time alvinegro depender de alguma investida mais esperta de Arouca e Danilo, que acabou saindo, machucado, ainda no primeiro tempo. No entanto, foram poucas as oportunidades em que os volantes apareceram bem. Em uma delas, a bola foi passada para Pará, que apareceu livre, de frente para o goleiro, e conseguiu fazer o mais difícil: chutou para fora.     Danilo foi quem bateu a falta que resultou no gol do Santos  (Foto: Mauro Horita / Agência Estado)

Times maltraram a bola na etapa final

Logo no início do segundo tempo, o Santos perdeu Alex Sandro, que era o jogador que levava o time à frente. Ele sentiu uma fisgada na coxa direita. Como Danilo já havia saído, Muricy Ramalho colocou em campo dois volantes mais defensivos, Possebon e Charles. Assim, o Peixe passou a atuar mais recuado.

A equipe alvinegra apresentava força na marcação e conseguia roubar a bola, mas não sabia o que fazer com ela, já que faltava criatividade. Roger Gaúcho, único meia de ofício em campo, apresentava um relacionamento conturbado com a bola, que insistia em lhe escapar dos pés. Borges sofreu com essa inoperância da equipe branca. Passou o jogo todo brigando entre os zagueiros, observando o jogo de longe.

O América tentou se aproveitar disso. O técnico Mauro Fernandes colocou em campo o meia Fabrício no lugar do volante William Rocha. Com essa alteração, o Coelho passou a se aproximar mais da área santista e até a levar algum perigo. Houve, de fato, um esboço de pressão mineira. Faltou, porém, maior capricho nas finalizações. Com um time sem criatividade e outro sem pontaria, o jogo caiu demais, ficou chato e se arrrastou lentamente até o fim. Uma tortura para os quase seis mil torcedores que compareceram ao Pacaembu.            

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