Em segunda final de Libertadores, Léo avisa: Desta vez não vai escapa

Em segunda final de Libertadores, Léo avisa: Desta vez não vai escapa

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:37

Depois de oito anos, o lateral-esquerdo Léo, do Santos, tem uma nova chance de ser campeão continental pelo Peixe. Ele é o jogador mais vitorioso do clube depois da Era Pelé. No entanto, desde 2003, está com o grito de campeão da Taça Libertadores entalado na garganta. Na ocasião, a equipe alvinegra, que tinha Diego e Robinho como protagonistas, perdeu a decisão para o Boca Juniors-ARG. Nesta quarta-feira, a partir das 21h50m (horário de Brasília), uma nova geração de Meninos da Vila, com Neymar e Ganso, tentará, enfim, levar o Alvinegro Praiano de volta ao degrau mais alto da América.

Léo, novamente, estará em campo. Ele acumula duas passagens pelo Peixe. A primeira, de 2000 a 2005. A segunda começou no início de 2009. Nesse período, conquistou dois Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004), dois Campeonatos Paulistas (2010 e 2011) e uma Copa do Brasil (2010). Agora, falta a Libertadores, e o lateral acredita que faz parte do seu destino ser campeão continental pelo Santos. Está tendo a sua segunda chance e garante: 'Desta vez, não vai escapar'.

No Memorial do Santos, Léo posa ao lado da taça Libertadores (Foto: Adilson Barros/GLOBOESPORTE.COM)

  Em entrevista exclusiva ao Globoesporte.com , o ala, de 35 anos, fala sobre o atual momento, que diz ser o melhor de sua vitoriosa carreira. Compara as gerações de Robinho e Neymar, e acredita que a atual tem mais potencial. Revela até que já ouviu companheiros de Pelé dizerem que o atual astro santista seria titular do timaço dos anos 60.

Confira os melhores lances do papo com Léo.

Globoesporte.com - Depois de oito anos, você tem mais uma chance de conquistar a Taça Libertadores. O futebol não costuma oferecer "segundas chances". Como fazer para não deixar passar?

Léo - Felizmente, minha segunda chance apareceu e desta vez ela não vai escapar. Sinto o grupo muito concentrado e, mesmo respeitando o Peñarol, estou confiante que temos tudo para conquistar o título. A chave é jogar com inteligência.

Em 2003, o Santos perdeu o primeiro jogo por 2 a 0 e ficou numa situação muito complicada na volta. Agora é diferente. O time, jogando em casa, não precisa inverter resultado. Por isso, dá para dizer que o Santos é favorito?

Com certeza a situação é bem diferente. Sempre digo que perdemos aquela decisão em La Bombonera (estádio do Boca Juniors). A derrota no Morumbi foi apenas consequência. Agora, a pressão pelo resultado é bem menor. E o fato de o gol sofrido em casa não ser favorável aos uruguaios também é um ponto positivo.

Você é um símbolo santista. O jogador mais vitorioso do clube após a era Pelé. Como é isso para você?

Acima de tudo, motivo de enorme orgulho. Quando me disseram isso após a conquista do Paulistão, há um mês, percebi que minha ligação com o Santos era ainda mais forte do que imaginava. Mas ainda quero muito mais.

O que significaria ser campeão da Taça Libertadores pelo Santos?

A realização de um sonho pessoal, mas acima de tudo a oportunidade de dar um grande presente para a torcida santista.

Você está com 35 anos, uma idade em que muitos jogadores já pensam em pendurar as chuteiras. Acha que conquistando a Libertadores (e quem sabe o Mundial, no fim do ano) estaria na hora de parar? De repente, se aposentar com títulos tão importantes? Ou ainda pensa em seguir jogando? Sei que a hora de parar está se aproximando, mas ainda não agora. Me sinto muito bem fisicamente e está quase tudo certo para que meu contrato seja ampliado até o final de 2012. Seria maravilhoso ganhar a Libertadores, o Mundial e jogar aqui no ano do centenário.

Sua carreira é vitoriosa. Jogou na Europa, foi ídolo em Portugal. Mas acha que este é o momento mais importante da carreira?

Sem dúvida. Tive bons momentos na Europa, mas com o Benfica não passei das oitavas da Liga dos Campeões. Essas duas últimas temporadas, com três títulos e a possibilidade de ganhar a Libertadores, é um período de muita alegria. Estou bastante motivado.

Em 2002/2003 você já era um pouco mais velho que os meninos Diego, Robinho. Hoje em dia, já mais experiente, tem a seu lado uma nova molecada bem abusada. Como é isso? Dão muito trabalho?

Que nada! Esses meninos estão amadurecendo cada vez mais cedo. O Neymar já viveu tanta coisa que tem uma personalidade que muitos veteranos não apresentam. Mesmo assim, sou muito procurado pelos garotos e sempre ajudo no que é possível.

O Alex Sandro pode ser um bom substituto no futuro? Que dicas você daria a ele?

O Alex é um excelente jogador e tem tudo para ser meu sucessor. Conversamos nos treinos e concentrações e dou uns toques sobre posicionamento defensivo e o momento certo de apoiar o ataque.

É possível estabelecer comparações entre as duas gerações? Uma é mais talentosa que a outra? Neymar, por exemplo, teria lugar no time de 2002?

Alguns companheiros do Pelé dizem que o Neymar jogaria até naquele time dos anos 60. Ele é muito bom e, com certeza, será o melhor do mundo em breve. As duas gerações são bastante talentosas, mas sempre digo que o elenco atual tem potencial para chegar ainda mais longe.          

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