Empate na Vila breca ascensão de Santos e São Paulo no Brasileirão

Empate na Vila breca ascensão de Santos e São Paulo no Brasileirão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

Dagoberto, do São Paul, contra Dracena, do Santos

(Foto: Gaspar Nóbrega / Vipcomm)     Um empate que serviu apenas para brecar a ascensão da dupla San-São. Para o São Paulo, era a chance de alcançar o Corinthians, que lideraria do mesmo jeito pelos critérios de desempate. Para o Santos, seria a terceira vitória consecutiva e a prova da reabilitação no torneio. O 1 a 1, porém, acabou tendo uma ponta de frustração para os dois times. A equipe do Morumbi permaneceu em terceiro, agora com 35 pontos. O Peixe, com 22 no 14º lugar, perdeu a oportunidade de se distanciar ainda mais dos últimos colocados.

O prejuízo tricolor pode ser considerado menor. Afinal, passou boa parte do jogo com um a menos (Carlinhos Paraíba foi expulso, por acúmulo de dois cartões amarelos por falta) e, mesmo assim, conseguiu sair na frente, já no fim do primeiro tempo, com um golaço de Lucas.

No entanto, o Tricolor não segurou a pressão e acabou permitindo o empate ao Peixe no fim do jogo, numa bomba certeira de Ganso. O clássico foi acompanhado na Vila Belmiro por 12.948 pagantes, que geraram renda de R$ 301.515,00.

Peixe pressiona, Tricolor abre o placar.

O Santos dominou o primeiro tempo, rondou a área do São Paulo, trocou passes, envolveu o adversário com rapidez, cavou a expulsão de Carlinhos Paraíba (que exagerou nas pancadas no meio de campo), tentou intensificar a pressão com um jogador a mais, com o meia Felipe Anderson entrando no lugar do volante Adriano. Só que o Tricolor é quem foi descansar no intervalo com a vantagem no placar.

Por quê? Primeiro porque a equipe da Vila Belmiro simplesmente abdicou dos chutes de fora. Rogério Ceni só apareceu em uma falta cobrada por Neymar, logo no início da partida. Os santistas preferiam entrar tocando pelo meio da área. As tabelas, porém, não funcionaram. E segundo porque Lucas foi mortal.     Lucas, do São Paulo, disputa a bola com Henrique, do Santos (Foto: Gaspar Nóbrega / VIPCOMM)     Se Neymar correu, driblou, se enrolou com Piris, seu marcador, e não conseguiu dar sequência aos lances, Lucas fez um primeiro tempo discreto. Quietinho. Até que, no último minuto, recebeu na meia direita, tirou Durval, partiu em velocidade e deu uma meia-lua em Dracena e chutou na saída de Rafael. Pará ainda tentou desviar, mas acabou marcando contra.

Um castigo para os santistas, que pareciam ter a impressão de que fariam um gol a qualquer momento. Um prêmio para os são-paulinos, que mesmo com um a menos, souberam se fechar bem, bloqueando a entrada de sua área, sem se desesperar.

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Sub-20 (Foto: Gaspar Nóbrega / VIPCOMM)     O São Paulo mostrou no segundo tempo que "menos pode ser mais". Muito bem posicionada, a equipe tricolor era firme na marcação e perigosa nos contra-ataques. O Santos, mesmo com um a mais, foi um time enrolado, confuso, com Felipe Anderson perdido pelo lado direito, sem função em campo.

O Peixe continuava insistindo nas jogadas pelo meio. Neymar, implacavelmente marcado por Piris, passava mais tempo pedindo faltas e discutindo com a arbitragem. Ganso não conseguia aprofundar as jogadas. Sempre havia um são-paulino no meio do campo para cortar os seus passes. As camisas tricolores se multiplicavam.

Quando dominava a bola no meio de campo, o São Paulo levava extremo perigo. Dagoberto e Wellington se aproveitaram de buracos na defesa santista e saíram na cara do gol. Só não marcaram porque Rafael fez duas grandes defesas.

Quando parecia que a bola santista não entraria de jeito nenhum, veio a bomba certeira, matemática, de Paulo Henrique Ganso. A jogada foi de Alan Kardec, que fez o papel de pivô e rolou para o camisa 10. Na meia esquerda, ele mandou um tiro de primeira. A bola entrou no ângulo direito alto. Rogério Ceni, parado, só observou a bola entrar. Foi o primeiro gol de Ganso desde que ele se recuperou da lesão muscular na coxa direita sofrida na primeira partida final do Paulistão, contra o Corinthians, aos 35 minutos.                          

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