O espetáculo estava pronto para começar. A torcida holandesa gritava o nome de Sven Kramer e esperava ansiosa para assistir a mais um show na patinação de velocidade. Tiro de largada, volta na pista e melhor tempo da prova dos 10.000m (12m54s50), tudo foi conforme o planejado pelo favorito na disputa. Porém, algo deu errado. Não teve comemoração. Confuso, o patinador olhou para os juízes e percebeu o que tinha acontecido. Ele havia sido punido por uma irregularidade na apresentação. Enfim, o sorriso da vitória fechou no rosto do europeu, que jogou os óculos no chão e chutou cones de marcação da pista. A festa mudou de cor. Nesta terça-feira, o dia era do sul-coreano Seung-Hoon Lee, que quebrou o recorde olímpico (12m58s55) e ficou com a medalha de ouro dos Jogos de Vancouver.
O desequilíbrio emocional de Kramer já havia dado uma amostra do que poderia fazer nos primeiros dias de competição. Depois de roer as unhas e tapar os olhos no banco de reservas, ansioso para saber se seria ultrapassado após a apresentação nos 5.000m, o holandês quebrou o protocolo quando viu seu nome ao lado do número 1, saiu correndo pela pista, pulou o alambrado e se jogou nos braços da torcida e da namorada.
Mas o céu de Kramer no início dos Jogos virou inferno nesta terça. Último a entrar na pista, o holandês cometeu um erro infantil ao passar por um cone de marcação com o objeto entre suas pernas e não com ele à direita, conforme dita o regulamento. A falha foi sinalizada pelos juízes, que desclassificaram o atleta e encerraram seu sonho da segunda medalha olímpica em Vancouver.
Longe do pódio, Kramer viu o sul-coreano Seung-Hoon Lee superar a melhor marca dos Jogos e conquistar o ouro. A prata ficou com o russo Ivan Skobrev (13m02s07) e o bronze com o alemão Bob de Jong (13m06s73).
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