Foi com um tom de deixa disso que a Federação Italiana de Vôlei (FIPAV) se manifestou sobre a repercussão do caso de Maurizio Latelli, italiano que ajudou o Brasil em um treino na cidade de Verona. Nesta quinta-feira, no Palarossini, em Ancona, durante a partida entre Estados Unidos e República Tcheca, pelo Mundial, o vice-presidente da entidade, Luciano Cecchi, afirmou que nunca existiu a hipótese de punição ao levantador e que a relação entre Brasil e Itália é de amizade.
- A Fipav nunca considerou uma punição ao jogador. Ele é livre para fazer o que quiser. Tudo o que foi publicado é notícia infundada, falsa. Temos uma relação amistosa com o Brasil, na figura do Ary Graça (presidente da Confederação Brasileira de Vôlei). Não temos motivos para fazer isso. Essa é a posição oficial garantiu Cecchi.
Apesar de mencionar a amizade entre os países, desde 2003 a seleção brasileira encontra dificuldades para treinar na Itália. Fora das quadras, cogita-se uma proibição em ajudar o Brasil. O ex-jogador italiano, Andréa Zorzi, aponta para uma restrição velada.
- A Federação não vai atrapallhar, mas também não vai ajudar disse ele, que agora atua como jornalista.
Em Verona, o Brasil já estava sem o levantador Marlon, que se recupera de uma inflamação no intestino. Para ajudar nos treinamentos, Bernardinho conversou com o comandante do time local Marme Lanza, Bruno Bagnoli, para indicar um jogador da posição. O técnico chamou Maurizio Latelli, que prontamente rendeu o brasileiro. Na ocasião, o italiano disse estar realizando um sonho. Inclusive, levou a família para assistir à atividade.
Mas a alegria durou pouco. Em entrevista ao jornal LArena, um dos periódicos mais importantes de Verona, Latelli teve que explicar que não era um traidor, como estavam especulando. Minimizou o caso, dizendo que participou apenas de um treino, mas que se levasse uma multa pagaria do próprio bolso.
- Traidor, eu? Estamos falando de um jogador que fez um pequeno treino com a seleção brasileira. Quem diz isso não pertence ao voleibol, mas sim ao futebol. Nós somos diferentes e por isso que somos chamados de família do vôlei - considerou o italiano.
Ao ser informada que a imprensa de Verona estava tachando Latelli de traidor, a seleção brasileira se manifestou. Na última quarta-feira, já na cidade de Ancona, o capitão Giba repudiou a situação.
- É inaceitável o cidadão ser tachado de traidor, sendo que nem na seleção ele joga considerou o ponteiro.
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