Fla fica na frente duas vezes, mas permite o empate do Ceará: 2 a 2

Fla fica na frente duas vezes, mas permite o empate do Ceará: 2 a 2

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

Vencer o Ceará no Castelão não é tarefa fácil. A torcida do Vozão não para, canta alto, pressiona. Mas o Flamengo, que também teve apoio importante na capital cearense, deixou escapar uma ótima oportunidade de melhorar sua posição na tabela. Nesta quarta-feira, em jogo válido pela 33ª rodada do Brasileirão, o Rubro-Negro foi superior ao adversário na maior parte do tempo, ficou duas vezes em vantagem no placar, mas fracassou. O 2 a 2 não deixa as equipes andarem. O Vozão tem 43, em 11º, enquanto o Fla chega a 40, em 13º. Ambas continuam na zona de classificação para a Copa Sul-Americana.

Luxemburgo apostou novamente no ataque 3D, mas foram os zagueiros que fizeram a diferença. Welinton e Ronaldo Angelim marcaram os gols do Fla, enquanto Magno Alves, rival antigo, dos tempos de Fluminense, fez os dois dos donos da casa, em duas falhas do goleiro Marcelo Lomba, que não teve uma noite feliz.

Sob o comando de Luxa, o Flamengo tem duas vitórias e quatro empates. Empates, aliás, não faltam ao Rubro-Negro. Em 33 jogos até então, foram 16 igualdades. É o recordista da competição até aqui. O Vovô mantém o bom desempenho em casa. Em 17 partidas como mandante, são nove vitórias, sete empates e apenas uma derrota (para o Vasco, por 2 a 0).

O Ceará volta a jogar neste sábado. O time visita o Grêmio, no estádio Olímpico, às 19h30m. No domingo, no mesmo horário, o Flamengo recebe o Atlético-PR, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Casa cheia e jogo quente: 1 a 1

Jogo bom é assim. Começa antes mesmo de a bola rolar, com arquibancada cheia, gente cantando sem parar, fazendo barulho. No Castelão, as torcidas de Ceará e Flamengo chegaram para jogar. Provocação de um lado e de outro, mas em clima de paz. A maioria vestindo branco e preto, é verdade, mas os rubro-negros não se intimidaram na hora de berrar.

Jogo bom tem de ter gol. E quando é logo de cara deixa tudo mais empolgante. Vanderlei Luxemburgo escalou o Rubro-Negro pela segunda vez com o ataque 3D. Uma nova versão: Deivid centralizado e um pouco mais recuado, Diogo aberto pela esquerda, e Diego Maurício na direita. Quem apareceu, no entanto, foi um zagueiro. Welinton é zagueiro-zagueiro. Dá chutão, sim. Dá de bico também. Bico para a rede adversária. Aos dois minutos, Renato cobrou escanteio, Michel Alves tentou segurar a bola, mas largou. Diego Maurício pegou a sobra e ajeitou para o defensor marcar.

O Ceará sentiu, errou passes, não se encontrou. Geraldo, Magno Alves e Washington pouco apareceram, eram facilmente desarmados pelos defensores. Instável, o time quase sofreu o segundo gol, aos cinco. Em novo escanteio, Michel Alves socou nos pés de Welinton, mas o chute rasteiro desviou na zaga do Vozão e saiu.

Assista aos gols da partida

Se era para jogar, a torcida cearense empurrou, e os donos da casa cresceram. Washington arriscou chute rasteiro, e Lomba defendeu. Magno Alves tentou o mesmo, mas ficou na trave. Errar uma terceira vez seria quase um pecado. Aos 27, Boiadeiro decidiu avançar pela direta e cruzar. Marcelo Lomba saiu, desviou de soco, mas a bola caiu nos pés de Magno Alves. Com Lomba fora do gol, ele soltou a bomba, no alto, para empatar: 1 a 1. Magno, que por cinco anos defendeu o Fluminense, relembrou os tempos de Fla-Flu no Maracanã.

Era a vez de o Flamengo sentir o gol. Deivid foi figura pouco produtiva, quase não pegou na bola; Diogo correu, mas foi bem marcado; Renato era discreto, e Diego Maurício não conseguiu fazer muito isolado pela direita. Do lado alvinegro, Geraldo começou a aparecer no meio; Boiadeiro e Eusébio cresceram, passaram a subir pelas laterais e a buscar cruzamentos para Washington na área. Em um deles, o atacante cabeceou para o chão, mas errou o alvo. Pelo equilíbrio, empate justo na primeira etapa.   

Fla joga melhor, mas não consegue vencer

Luxa não desistiu dos três atacantes no segundo tempo. Pelo menos não de cara. O problema é que muitas vezes o que se via era um clarão entre a defesa e o ataque rubro-negros. Correa passou a avançar um pouco mais para tentar ajudar Renato, mas sem sucesso. A linha de frente parecia mais organizada, mas a tentativa do treinador durou 16 minutos. Foi quando ele decidiu sacar Diogo e Diego Maurício e lançar Val Baiano e Marquinhos.

Dimas Filgueiras também mudou. Tirou Washington e escalou Marcelo Nicácio. O Vozão optou por jogar nos contra-ataques e explorar a velocidade de Magno Alves pela esquerda. Aos 34 anos, ele ainda dá trabalho e conseguiu atrapalhar os avanços de Léo Moura. Em uma das investidas, acionou Geraldo na entrada da área. Marcelo Lomba espalmou o chute do camisa 10.

O Flamengo ganhou terreno, partiu para o ataque, teve mais apetite. A chuva fina não esfriou o ritmo rubro-negro, que conseguiu aproveitar a bola aérea. Renato cruzou duas vezes até encontrar a cabeça de Ronaldo Angelim. A finalização foi no canto direito de Michel Alves, aos 22. Cabeçada no melhor estilo “gol do título do Brasileirão do ano passado”.

Mesmo em vantagem, os cariocas não diminuíram o ritmo. Tiveram mais volume, mas presença ofensiva. Num único lance, duas boas chances. Primeiro com Val Baiano, depois com Fernando. Ambos não conseguiram marcar. Como não desistiu, o Ceará acabou recompensado. Aos 36 minutos, Boiadeiro arriscou um chute cruzado, Marcelo Lomba deu rebote, e Magno Alves só teve o trabalho de empurrar para o gol: 2 a 2. Resultado com sabor de derrota para o Flamengo.

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