Fred, sobre o Flu: 'É o meu ambiente, é minha casa'

Fred, sobre o Flu: 'É o meu ambiente, é minha casa'

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

O período em que ficou afastado do time por causa de uma lesão na panturrilha parece ter fortalecido a relação de Fred com o Fluminense. Para o atacante, nos momentos difíceis que passou fazendo tratamento no clube, sem poder sequer treinar, recebeu o apoio que precisava para prosseguir com alegria no lugar onde se diz feliz mesmo quando a fase do time não é boa. Mas, segundo Fred, sem poder responder em campo ao que considera críticas injustas, ele chorou com as lesões.

- Alegria é o meu dia a dia lá, independentemente de qualquer coisa. Ganhando ou não. O time estava brigando para não cair e eu era feliz do mesmo jeito. Triste pela situação, mas feliz interiormente por poder levantar e falar: "Graças a Deus estou indo para o Fluminense e estou bem". Lá é o meu ambiente, lá é minha casa, lá todos os funcionários gostam de mim, saem para almoçar, vão à minha casa. São amigos. Consegui construir isso lá dentro. Vem muito do ambiente. O ambiente é descarregado, é leve. E o que me fez chorar foram as lesões. Chorei, fiquei mal... É o momento que o atleta não tem força, não está podendo treinar, jogar. É nesse momento que os oportunistas, os críticos, pegam pesado. E é o momento que você não tem força, porque a resposta do jogador é em campo, jogando. E começam a dar porrada, você não tem como responder. Aí você começa a desanimar, mas quando olha para trás tem sua família, seus amigos, entra na fisioterapia do clube e todo mundo jogando você para cima. Tem lado ruim, mas tem lado bom também - afirmou Fred, em entrevista para o "Globo Esporte".

Apesar de viver em lua de mel com o Fluminense, o atacante tricolor admite que é nestes quase dois anos de Rio de Janeiro que tem encontrado as maiores dificuldades com relação às críticas que recebeu, devido à demora que teve para se recuperar. Mas ele diz que hoje não fica mais tão chateado como antes:

- Confesso que já fiquei mais. Eu não estava acostumado com isso. A minha relação com a imprensa, com o povo mineiro, era maravilhosa. Eles me respeitavam bastante, na França e na Seleção a mesma coisa. Mas desde que cheguei ao Fluminense comecei a tomar umas porradas. Então, a partir do momento que cheguei, comecei a ficar mais calejado. O ruim é quando você toma porrada injusta. Mas faz parte do crescimento também. Acho que já estou acostumado, duro é pegar sua família chateada por isso. Às vezes você vê que está todo mundo querendo colocá-lo para cima e você está mal com aquilo. Até finge que não está mal para não deixar todo mundo chateado. Mas faz parte também. Não cai uma folha seca, se Deus não permitir. Esse processo de injustiças, de críticas, umas corretas, outras injustas, isso faz parte do amauderecimento, faz parte do projeto final. Tomara que esse título venha para todo mundo pensar no que falou, no que não falou, isso vai ser mais gratificante para mim.

Fred acredita que não há diferenças entre o Fluminense de Cuca, em 2009, e o de Muricy Ramalho, em 2010. Para ele, o time se encontra fortalecido no Campeonato Brasileiro deste ano, por causa da arrancada que impediu o rebaixamento para a Série B.

- Acho que se não fosse o Fluminense do ano passado não existiria esse Fluminense tão forte mentalmente de 2010. Não haveria uma torcida empurrando e confiante como a de agora. Não haveria um ambiente como tem hoje, de companheirismo, de união, de força, de confiança, mas diferença... Mudaram várias peças, saiu o Cuca, um dos melhores com quem já trabalhei, um dos melhores amigos que fiz no futebol também, e depois entrou o Muricy. Aí fica o mesmo nível. Vendo o trabalho, saiu o Cuca do Fluminense e vai para o Cruzeiro. E onde está o Cruzeiro? Brigando por título também. Quando ele assumiu, o Cruzeiro não estava tão bem assim. Todo mundo que estava envolvido, cresceu muito com aquilo. É um time (o Fluminense) fortalecido, muito graças ao ano passado.

De volta aos gramados, Fred também começa novamente a pensar em voltar à Seleção Brasileira:

- No jogo contra o Botafogo, estava sentindo a panturrilha e tinha convocação no dia seguinte. Na minha cabeça estava pensando que a gente estava ganhando de 1 a 0 e "tenho que fazer gol, tenho que me destacar aqui para dar tudo certo". Estava sentindo que poderia rolar essa oportunidade. Sempre trabalho primeiro visando ao melhor para o clube, que aí pode vir essa consequência que é a Seleção. É um objetivo, mas que vai depender muito do meu trabalho no clube. Então, a única coisa que peço a Deus são essas lesões, para evitar o máximo isso, nós que estamos sujeitos a essas pancadas.

Por: Mauro Jr.

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