Gol de Alan Kardec faz Santos bater o Bahia no Pituaçu

Gol de Alan Kardec faz Santos bater o Bahia no Pituaçu

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:30

          Não foi uma atuação brilhante, daquelas apresentadas durante o Campeonato Paulista ou na Libertadores. No entanto, depois de conseguir apenas uma vitória em seis jogos (sobre o Ceará), o Santos voltou a somar três pontos ao bater o Bahia por 2 a 1, na noite deste domingo, em Salvador. O gol com tom de milagre, no momento em que os donos da casa dominavam o jogo, foi marcado por Alan Kardec, aos 36 minutos do segundo tempo. E calou a torcida anfitriã, que fazia grande pressão.

O gol de voleio - e espírita - de Kardec garantiu o primeiro triunfo fora de casa e livrou o Santos da zona de rebaixamento. Está na 15ª colocação, com 18 pontos. Já o Bahia se mantém com 20 pontos, mas caiu para a 14ª posição.

A partida marcou o reencontro de Neymar e René Simões, que no ano passado - pelo Atlético-GO - chamou o santista de "mal-educado desportivamente" por discutir com Dorival Júnior após ser proibido de bater um pênalti. Curiosamente, foi em uma cobrança de penalidade que o craque abriu o placar neste domingo. Júnior empatou ainda na primeira etapa. O Pituaçu recebeu público de 32.157 pagantes, gerando uma renda de R$ 782.407,50. Na próxima quarta-feira, às 20h30m, o Santos enfrenta o Fluminense, que vai se reencontrar com Muricy Ramalho, em partida adiada da oitava rodada. O Bahia só volta a jogar no domingo, contra o Ceará, em Fortaleza.

Jogo acelerado

A recuperação do Santos no Brasileiro passou por caminhos tortuosos, principalmente no primeiro tempo, em que os donos da casa foram liderados por Carlos Alberto. O início da partida foi até promissor para os visitantes. Logo aos quatro minutos, Ganso foi derrubado na área por Marcone, e Neymar cobrou um pênalti no cantinho esquerdo de Marcelo Lomba, sem chances para o goleiro.

Apesar do gol, a torcida se manteve firme, apoiando o Bahia. E só era interrompida pelo grito de algumas meninas histéricas quando Neymar encostava na bola. E foi justamente o santista que perdeu uma chance incrível de fazer 2 a 0, quando se livrou de um zagueiro e do goleiro, mas foi impedido por Ávine de marcar. No rebote, Borges mandou para fora.

Depois disso, só deu Bahia. O goleiro Rafael viu duas bolas baterem na trave, uma em cabeçada de Júnior e outra em chute de Marcos. Em outra boa chance do time de René Simões, Fahel cabeceou, e Júnior pegou o rebote e mandou para a rede. Para sorte dos alvinegros, o atacante estava impedido, como assinalou a arbitragem.

Mas a sorte deixou os santistas aos 33 minutos, quando Júnior finalmente conseguiu deixar a sua marca, aproveitando jogada de Marcos pela direita, sem oportunidade de defesa para Rafael. O 1 a 1 deixou a torcida do Bahia enlouquecida, gritando e pulando sem parar. E vaiando cada passe do rival.

Carlos Alberto, principal nome do Tricolor, dominava o meio-campo. Pensava as jogadas e orientava até as cobranças de faltas. Deu trabalho para Arouca, que vez ou outra ainda tinha de cobrir as costas do improvisado lateral Elano. Com a correria forte do time da casa, o fim do primeiro tempo - que foi até os 51 minutos por causa do atendimento ao goleiro Rafael, com um corte no supercílio - pareceu um alívio para os alvinegros.       Neymar comemora o gol de pênalti diante do Bahia de René Simões (Foto: Agência Estado)     Erros baianos e gol

Rafael precisou receber oito pontos no corte que sofreu na cabeça. Ainda sentindo-se tonto, deu lugar a Vladimir no gol. Mas a principal alteração, na postura do time, não foi mexida. Como na primeira etapa, o Bahia avançava com certa tranquilidade na defesa santista. Carlos Alberto passava sem dificuldades por Durval ou Léo quando estava pelo lado esquerdo.

Apostando nos contra-ataques, o Peixe assustou em uma bola na trave de Paulo Henrique Ganso, que aproveitou falha do zagueiro Paulo Miranda. E o Bahia seguia ditando o ritmo do jogo, até mesmo nas reclamações. Por duas vezes o time chiou contra a arbitragem por pênaltis duvidosos não marcados: um em Jones e outro em Ávine. A torcida protestava à sua maneira, gesticulando com as mãos como se estivesse sendo roubada.

Embora tivesse mais volume de jogo, o Bahia encontrava dificuldades para se colocar à frente do placar. Esbarrava na defesa santista ou simplesmente errava as conclusões, para desespero da torcida. E os erros acabaram sendo fatais. Aos 36 minutos, a bola sobrou para Alan Kardec marcar seu primeiro gol pelo Santos, de voleio, fazendo 2 a 1 e calando o Pituaçu. A torcida anfitriã nem esperou o apito final: vaiou a arbitragem e foi embora do estádio.          

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