Governo quer meia-entrada para idosos em pacote turístico da Copa 2014

Governo quer meia-entrada para idosos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:14

Após a aprovação da Lei Geral da Copa na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o governo irá trabalhar agora para assegurar que idosos consigam o benefício da meia-entrada durante o Mundial de 2014 mesmo se adquirirem pacotes de viagem por meio, por exemplo, de uma agência de turismo. Pela versão aprovada na Comissão Especial, a Copa do Mundo de 2014 terá disponíveis 300 mil ingressos a serem destinados a uma região dos estádios denominada categoria 4, onde estarão disponíveis bilhetes a preços populares, na casa dos US$ 50.

O benefício da meia-entrada (ingressos a US$ 25) para esta categoria 4 será ofertado unicamente a brasileiros residentes no País, com prioridade para idosos (mais de 60 anos), estudantes e participantes de programas federais de transferência de renda, como o Bolsa Família. No caso demais de 300 mil torcedores disputarem a cota de ingressos populares, caberá à Fifa promover um sorteio público para definir aqueles que terão direito às entradas mais baratas.

Nas demais regiões dos estádios de futebol, conforme o Estatuto do Idoso, apenas maiores de 60 anos também terão direito a ingressos com desconto de 50%. Conforme previsões da Fifa, os bilhetes, dependendo de sua localização nas arenas, poderão custar de US$ 50 a US$ 900.

Outra modificação negociada pelo governo para a votação da Lei Geral no Plenário da Câmara é não permitir que as carteirinhas de estudantes sejam expedidas unicamente por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Segundaristas (Ubes), e sim "preferencialmente" por elas. A exclusividade dessas entidades na emissão dos documentos, avalia o governo, poderia, no limite, levar à derrubada pelos parlamentares do direito de meia-entrada a estudantes na categoria 4 dos estádios.

Pressionado por setores da Bancada da Saúde e da Bancada Evangélica, que têm patrocinado movimentos contra a venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa, o governo vai trabalhar, por fim, para acabar com o temor de que os benefícios contidos na Lei Geral da Copa possam ser ampliados a outros campeonatos esportivos realizados no Brasil. "As pessoas podem confundir que a aprovação da venda de bebida durante a Copa, que é um evento único, vai se reproduzir em outros campeonatos. Nossa preocupação é que esse debate não seja bem-feito", resumiu o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

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