Helinho: se fosse fácil, haveria mais 13 times aqui (Foto: Celio Messias / Divulgação)
Como se não bastasse sair pouco da quadra durante o jogo, Helinho também demora a sair depois que a última sirene toca. Na noite de domingo, após jogar 38 minutos e terminar como cestinha da vitória de Franca sobre Brasília , o armador encarou outra prorrogação até chegar ao vestiário. Era um abraço aqui, uma foto ali, bate-papo com um, elogio do outro. E quando finalmente conseguiu atingir a entrada do túnel, ouviu pela última vez:
- Helinho! Helinho!
Voltou para falar com o torcedor e escutou:
- Pelo amor de Deus, traz o jogo 5 para cá!
Com um sorriso no rosto, o veterano carregou o pedido para o vestiário, e vai carregá-lo também para Brasília, palco do jogo 4 da final do NBB, às 21h de terça-feira. Se vencer, Franca força a realização da quinta partida em casa, no sábado. A pressão do torcedor? Helinho tira de letra.
- Já estou acostumado. Eu converso com as pessoas na rua, vou na casa da tia, vou jantar com o primo no restaurante, e todo mundo fala isso, vamos trazer o jogo 5. Para mim isso é positivo, você sempre quer dar essa alegria. É duro? É. É difícil? É.
Mas é mais ou menos o que o Kevin Durant, da NBA, falou ontem: se fosse fácil, haveria mais 13 times com a gente aí. Só tem dois, nós e Brasília. Então, como dizem os manos, é nóis brincou, já do lado de fora do Pedrocão, enquanto combinava com os parentes se ia jantar em casa ou sair para comer uma pizza. Estilo mais agressivo em quadra Na derrota de sábado, o armador não conseguiu se encontrar em quadra e teve um aproveitamento ruim nos arremessos. No domingo, a história foi outra. Incansável, Helinho terminou o jogo com 33 pontos e converteu cestas importantes na prorrogação.
- Fui um pouco mais agressivo, consegui ter um pouco mais de volume e tive um bom aproveitamento. Tudo flui de uma forma melhor quando você tem mais agressividade. Mais uma vez mostramos que a união do time prevalece. Conversamos de manhã e chegamos à conclusão de que a gente merecia essa vitória. A equipe conseguiu externar toda essa vontade - explicou.
E não há tempo para comemorar. Ainda com a corda no pescoço e sem poder perder na final do NBB, Franca retorna agora a Brasília, onde deve encontrar de novo 18 mil torcedores do rival no Nilson Nelson.
- O esporte não tem sentido se não for para o público. Fiquei feliz de ver o público prestigiando lá em Brasília. É claro que é sempre duro jogar contra eles com o ginásio lotado, mas não é para ser fácil mesmo.
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