Instituto de Ronaldinho Gaúcho pode ser alvo de CPI em Porto Alegre

Instituto de Ronaldinho Gaúcho pode ser alvo de CPI em Porto Alegre

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:20

Instituto de R10 tinha Assis como principal gestor

(Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com) Ronaldinho corre o risco de ser alvo de uma CPI na Câmara Municipal de Porto Alegre. Na tarde desta terça-feira, convênios da Secretaria Municipal de Educação (Smed) com o Instituto Ronaldinho Gaúcho serão avaliados pela Comissão de Educação, Cultura, Esportes e da Juventude (Cece). O pedido de CPI foi feito na última quarta-feira pelo vereador Mauro Pinheiro (PT), que suspeita de irregularidades nos acordos de repasses de verbas da prefeitura para a instituição de caridade. As informações foram divulgadas pelo Jornal Extra desta terça-feira.

Em sua página na internet, o vereador Mauro Pinheiro explica os motivos do pedido de CPI. Em cerca de quatro anos de atividade do projeto de R10, foram seis convênios firmados entre a prefeitura e o instituto. Segundo o vereador, o valor total dos repasses chegam perto de R$  6 milhões, algo próximo de R$ 4 mil por dia. O Instituto Ronaldinho Gaúcho era comandado por Assis, irmão e empresário do jogador.

- Tenho dúvida de que esta parceria signifique uma boa aplicação de recursos públicos. Quais foram os resultados efetivos destes convênios? - argumenta Pinheiro em seu blog.

Na página, ele detalha as suspeitas. Uma delas envolve a ONG Instituto Nacional América (INA), com sede na cidade de Camaquã. Segundo ele, a INA  foi contratada pelo Instituto Ronaldinho Gaúcho para cuidar de parte da parceria assumida com a prefeitura. Mauro Pinheiro diz que teve acesso a 13 notas fiscais emitidas pelo INA em favor do IRG, todas com valores entre R$ 40 mil e R$ 200 mil. A seqüência numérica das notas é alvo de questionamento. Ele argumenta ainda que o dinheiro pago à INA foi obtido pela prefeitura no Ministério da Justiça através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Segundo Pinheiro, um instituto como o de Ronaldinho não teria competência para cuidar de assuntos ligados à segurança pública. 

Em entrevista ao Extra, Mauro Pinheiro reclama ainda que alguns itens teriam sido comprados a preços elevados: 140 bolas de futebol a R$ 9 mil, 50 pares de bandeiras por R$ 5 mil e 1.490 refeições em restaurante por R$ 41.720.

- A população acreditava que o Ronaldinho bancava tudo - afirma.

O Instituto Ronaldinho Gaúcho cuidava de aproximadamente 700 crianças em Porto Alegre, e fechou as portas no início deste ano. Na época do encerramento das atividades , o motivo divulgado foi justamente a recusa da prefeitura em aumentar os recursos. Em agosto deste ano, quando o Flamengo foi enfrentar o Inter em Porto Alegre (empate em 2 a 2), houve protesto na porta do Beira-Rio pelo fim do projeto social do capitão rubro-negro.

Crianças protestaram contra o fim do projeto em agosto deste ano (Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)          

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