Invicto, Brasil tem papel tímido nos rankings de fundamentos

Invicto, Brasil tem papel tímido nos rankings de fundamentos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:07

"Reação em cadeia     é a expressão usada por José Roberto Guimarães para explicar quando tudo dá certo em uma jogada. O saque entra, quebra a recepção adversária, que é dificultada ainda mais pelo bloqueio, e gera o contra-ataque para concluir o ponto brasileiro. O mecanismo coletivo vem dando certo, porém as peças individuais ainda não ganharam destaque no Mundial do Japão. Apesar de o Brasil ter campanha invicta, nenhuma jogadora da equipe verde-amarela lidera os rankings de fundamentos da Federação Internacional de Vôlei (Fivb). Para o técnico da seleção, no entanto, os números apontam uma boa característica do time.

- Não há centralização na seleção. Se uma jogadora está virando mais, mandamos para ela. Se parou de funcionar na ponta, temos as meios. Esse equilíbrio do coletivo é muito importante. A variação na combinação de ataques da Sheilla, por exemplo, já ajudou muito a ganhar um jogo. A Jaqueline apoia tanto na defesa, quanto na rede. É assim que funciona. Todo mundo trabalhando duro, em busca de um mesmo objetivo – disse Zé Roberto.

Melhor recepção:

1ª colocada: Logan Tom (Estados Unidos) – 59,80% de aproveitamento

3ª colocada: Jaqueline (Brasil) – 57,34% de aproveitamento

Jaqueline é, até o momento, a melhor jogadora do Brasil no Mundial. Bem no ataque – foi a maior pontuadora do time contra os Estados Unidos -, a ponteira também se destaca na recepção e já se considera a “segunda líbero” da seleção. A primeira, Fabi, está na 12ª posição, com 49,65% de aproveitamento.

Melhor ataque:

1ª colocada: Tatiana Kosheleva (Rússia) – 58,6% de aproveitamento

5ª colocada: Sheilla (Brasil) – 48,65%

Sheilla tem ignorado uma insistente dor nas costas e descido a mão na saída de rede. Com eficiência em quase metade de suas 222 tentativas, a oposta é a melhor atacante do Brasil até o momento.

Melhor bloqueio:

1ª colocada: Ivana Plchotova (República Tcheca) – 0,97% de aproveitamento por set

3ª colocada: Fabiana (Brasil) – 0,94% de aproveitamento por set

4ª colocada: Thaisa (Brasil) – 0,90% de aproveitamento por set

Fabiana e Thaisa têm os apelidos de T1 e T2, em homenagem às torres gêmeas do World Trade Center. As duas centrais crescem no bloqueio e formam um paredão, fundamental para as vitórias do Brasil.

Melhor defesa:

1ª colocada: Stacy Sykora (Estados Unidos) – 5,06% de aproveitamento por set

5ª colocada: Fabi (Brasil) – 3,19% de aproveitamento por set

Apesar de não ter os melhores números na recepção, Fabi já salvou bolas quase impossíveis no Mundial e deu início a muitos contra-ataques brasileiros. Jaqueline, segunda melhor jogadora do Brasil no fundamento, está na 12ª posição no ranking, com 2,52% de aproveitamento por set.

Melhor líbero:

1ª colocada: Stacy Sykora (Estados Unidos) – 7,58% de aproveitamento por set

6ª colocada: Fabi (Brasil) – 5,77% de aproveitamento por set

Na disputa direta entre líberos, Fabi ainda está um pouco atrás da americana Sykora. Porém, a brasileira ainda tem chances de melhorar seu aproveitamento na reta final da competição.

Melhor levantadora:

1ª colocada: Alisha Glass (Estados Unidos) – 10,71% de aproveitamento por set

11ª colocada: Fabíola (Brasil) – 5,87% de aproveitamento por set

Fabíola ganhou a vaga de titular de Dani Lins durante o campeonato e não soltou mais. A levantadora quebrou o ritmo acelerado e cadenciou mais as jogadas para colocar as bolas onde as atacantes preferem.

Maiores pontuadoras:

1ª colocada: Neslihan Darnel (Turquia) – 208 pontos

13ª colocadas: Natália e Sheilla (Brasil) – 129 pontos

Sheilla e Natália estão empatadas com o mesmo número de pontos. Esses números comprovam a boa distribuição de jogadas, já que a ponteira e a oposta estão sendo bastante utilizadas pela levantadora.

Melhor saque:

1ª colocada: Saori Kimura (Japão) – média de 0,53% por set

11ª colocada: Fabíola (Brasil) – média de 0,35% por set

Com um bom saque tático, Fabíola tem ajudado o Brasil a conquistar uma sequência de pontos e abrir vantagem no placar. Quando chega para o serviço, a rede da seleção também é a melhor possível, segundo Zé Roberto, com todas as jogadoras em suas melhores posições.

Por: Mariana Kneipp

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