Juíza anula escutas usadas em caso de doping na Espanha

Juíza anula escutas usadas em caso de doping na Espanha

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:43

A juíza que investiga um suposto caso de doping no esporte espanhol na chamada Operação Galgo anulou as escutas telefônicas utilizadas pela Guarda Civil para ouvir conversas da corredora Marta Domínguez, do seu empresário José Alonso Valero, do treinador Manuel Pascua e da esposa deste, Maria José Martínez.

A juíza aceitou os recursos apresentados contra as escutas por Marta Domínguez, Alonso Valero, Manuel Pascua e Maria José Martínez. Contudo, a magistrada negou as apelações do médico Eufemiano Fuentes, de Yolanda Fuentes, do preparador físico José Luis Pascua e do treinador César Pérez, que também queriam se livrar das escutas.

Segundo a decisão da juíza, estas últimas escutas seguem válidas por se tratarem de medidas proporcionais e idôneas para a investigação que se realiza a respeito do caso de doping.

Contudo, a juíza considera que no caso de Marta Domínguez a intervenção em suas comunicações não estava justificada porque, com as escutas praticadas nas conversas de outros envolvidos, entre eles o treinador César Pérez, as chamadas efetuadas e recebidas pela atleta já estavam controladas.

Segundo o processo, nas investigações a respeito de Marta Domínguez "se observa uma confusão entre as condutas puníveis em âmbito esportivo e as condutas penais, pois efetivamente o que se coloca de manifesto são as suspeitas de que Marta Domínguez fosse consumidora de substâncias proibidas no esporte, o que daria lugar a uma punição no âmbito esportivo, mas nunca a uma punição penal".

A juíza também declarou inválido o registro praticado no domicílio do fundista Alberto García Fernández, por derivar diretamente da intervenção de uma conversa telefônica anulada, mas manteve a validade as declarações do atleta à Guardia Civil em tribunal.

No caso de Marta Domínguez e dos demais envolvidos que tiveram as escutas telefônicas anuladas, o processo mantém a validade das outras provas apresentadas, entre elas as buscas em casa e as declarações dos acusados.

No último mês de abril, a juíza concordou em arquivar provisoriamente os processos relativos à prática de um suposto delito de doping por parte de Marta Domínguez e de seu agente, José Alonso Valero, após a Agência Espanhola de Medicamentos e a Agência Estatal Antidoping confirmarem que o material fornecido por eles ao atleta Alberto García não continha substâncias dopantes.

Entretanto, a investigação judicial se manteve aberta em razão de Marta Domínguez ter fornecido, sem receita médica, um medicamento a Eduardo Polo, seu companheiro de treinamento.

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