Melhor do returno, Grêmio faz 4 a 2 no São Paulo e rouba a 9ª colocação

Grêmio faz 4 a 2 no São Paulo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:11

Em alta velocidade, o Grêmio confirmou nesta noite de quarta-feira a melhor campanha do segundo turno do Brasileirão 2010 - são 16 pontos em sete jogos. Apesar da extensa lista de desfalques, a equipe treinada por Renato Gaúcho bateu o São Paulo por 4 a 2, em jogo emocionante disputado no Estádio Olímpico, pela 26ª rodada.

Com o resultado, os tricolores invertem as posições. O Grêmio ultrapassa o próprio adversário, e assume a 9ª colocação, com 36 pontos; o São Paulo cai para 10º, com 34.

André Lima - duas vezes - Jonas (de pênalti) e Diego marcaram os gols do Grêmio. Rogério Ceni, também em cobrança de pênalti, e Marlos fizeram para o São Paulo.

Improvisações

Renato Gaúcho e Sérgio Baresi surpreenderam nas escalações. O técnico gremista não deu lugar ao meia Roberson, chamando ao jogo o zagueiro Paulão; o treinador são-paulino mais uma vez manteve Dagoberto entre os suplentes.

Nas duas equipes também foi preciso improvisar. O lateral-esquerdo Lúcio iniciou como articulador no Grêmio, e o zagueiro Vilson foi volante. Já Rodrigo Souto deixou o meio-campo rumo à ala-direita do São Paulo, substituindo Jean - ausente devido a uma amigdalite, ele sequer ficou no banco.

Desacerto inicial

Tamanho número de peças deslocadas de suas funções originais comprometeu o desempenho do 4-4-2 gremista no início. Vilson corria de lado a outro sem saber quem exatamente ele deveria marcar. Lúcio abria pela esquerda mesmo não sendo mais um lateral.

Mas o desacerto durou 15 minutos. A despretensão do São Paulo, no ortodoxo 3-5-2 sem apego à posse de bola, encorajou os anfitriões. E assim Rogério Ceni abriu os trabalhos, espalmando em sequência dois violentos chutes de Lúcio.

Dez minutos para André Lima

Sem Rochemback, lesionado, Douglas recebeu de Renato a capitania do Tricolor gaúcho. E aquela faixa amarela atada a seu braço esquerdo fez dele um interessado e participativo organizador, percorrendo o campo todo, driblando, arriscando lançamentos precisos.

Este predomínio foi recompensado aos 29 minutos, com dois ex-jogadores do São Paulo. Lúcio cobrou escanteio do lado direito, e André Lima, que nos questionários do Censo responde 'centroavante' no item 'profissão', atirou-se para marcar de carrinho: Grêmio 1 a 0. Ele, que entre 2008 e 2009 disputou 28 jogos pelo São Paulo, sendo em boa parte da temporada um mero reserva no Morumbi, fez mais um. Desta vez de cabeça, dez minutos depois, André Lima escorou cruzamento de Edilson, para ampliar.

Mas não houve tempo para muita comemoração. Logo em seguida, Marlos deixou o próprio corpo cair na área gremista, cavando pênalti cuja marcação do árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro enfureceu os torcedores.

Os gremistas xingaram o juiz, incentivaram Victor, mas não adiantou. Com imensa categoria, Rogério Ceni venceu o colega de profissão e arrefeceu as manifestações das arquibancadas, aos 42, marcando o gol derradeiro do primeiro tempo.

Empate e desempate

Com Cléber Santana em lugar de Carleto, o São Paulo não alterou a estrutura tática no segundo tempo. Richarlyson passou para a ala-esquerda, e o trio de zagueiros persistiu.

Não houve, entretanto, claro esboço de reação. O Grêmio, apesar da vitória parcial, seguiu pressionando. As melhores combinações partiram dos canhotos Lúcio e Douglas, sobre o improvisado Rodrigo Souto.

Mas uma conhecida história dos gremistas nos jogos recentes em Porto Alegre se repetiu. Ansioso pela marcação de um terceiro gol, o Grêmio abriu-se ao contra-ataque. Foi desta forma que, aos seis, Marlos recebeu de Cléber Santana e disparou o gol de empate do São Paulo, no canto direito.

O mesmo Cléber Santana da assistência a Marlos atrapalhou-se na área são-paulina. Deixou a bola bater em sua mão, e mais um pênalti foi marcado na partida, desta vez para o Grêmio.

Aos 23, Jonas cobrou forte, e recolocou o Grêmio em vantagem. Foi o 14º gol do artilheiro do Brasileirão 2010. No total, Jonas soma 66 gols pelo Tricolor gaúcho, igualando-se ao ponta-esquerda Éder como o 10º maior goleador da história do clube.

Raridade no Olímpico

Sofrer o terceiro gol logo após tanto esforço pelo empate desnorteou o São Paulo. O baque foi tão grande que os torcedores presentes assistiram a uma cena rara: Rogério Ceni falhou, aos 28. O canhoto Lúcio cortou para a direita, bateu fraco, e o goleiro são-paulino ofereceu o rebote deixando a bola escapar por entre as luvas.

Quem aproveitou foi o estreante Diego. O atacante recém substituíra André Lima. Egresso do América-MG, ele precisou de poucos minutos em campo para fazer do erro de Ceni o gol definitivo da vitória gremista por 4 a 2. Nas arquibancadas, irrompeu o coro 'frangueiro, frangueiro'.

Diego ainda teve tempo para provocar a expulsão de Alex Silva, por falta violenta. Depois de três vitórias consecutivas longe do Olímpico, e de frustrantes resultados em casa, o Grêmio voltou a fazer a festa, comemorando com a torcida a melhor campanha do returno aos gritos de 'olé, olé' em troca de passes qualificada, que teve até toque de calcanhar.

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