Morre técnico Maurício Simões

Morre técnico Maurício Simões

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

Simões morreu na noite desta terça-feira

(Foto: Leonardo Silva / Jornal da Paraíba)

  O técnico Maurício Simões morreu na noite desta terça-feira, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cirurgia de Aracaju. Ele havia sofrido um infarto na tarde do último domingo e seguia em estado gravíssimo depois de uma cirurgia que durou mais de 10 horas. De acordo com a esposa do treinador, Núbia Simões, Maurício começou a sentir fortes dores no peito enquanto estava dirigindo, mas ainda conseguiu parar em um posto de gasolina para pedir socorro.

- Ele foi deixar a filha dele no trabalho e quando estava voltando pra casa começou a sentir dores no peito. Conseguiu parar em um posto de gasolina, onde foi socorrido para o hospital.

Carreira

Maurício Simões tem uma longa história no futebol nordestino e paraibano. E não a toa era conhecido na região como "Rei do Nordeste". Dono de 12 conquistas estaduais em três estados diferentes, três deles foram na Paraíba. Maurício foi tricampeão paraibano consecutivo. Sendo que o primeiro deles em 2004 pelo Campinense e os dois outros em 2005 e 2006 pelo Treze.

Os dois títulos pelo Treze, por sinal, foram os dois últimos do treinador, que depois entrou em certa decadência e não conseguiu mais os mesmos resultados de antes. Ele trabalhou ainda no Nacional de Patos, quando assumiu o time no octogonal final da Série C de 2007, mas deixou o time na última colocação.

Tempos depois, trabalhou no Botafogo-PB, mesmo depois de ter se envolvido numa crise com o clube pessoense. Ainda como técnico do Galo ele chamou a torcida botafoguense de matuta e disse que João Pessoa era o quintal de Recife, sua cidade natal. Na época Maurício Simões recebeu o título de persona non grata pela Câmara Municipal de João Pessoa, mas anos depois, em 2009, foi responsável por uma campanha pífia do Belo no Campeonato Paraibano daquele ano.

Maurício Simões brilhou mesmo nas décadas de 1990 e no início do século 21. Ele foi campeão piauiense em 1994, 1997 e 1998 pelo Picus. E conquistou o Sergipano seis vezes pelos dois principais rivais do Estado: em 1995, 1996 e 2003 pelo Sergipe; e em 2001, 2002 e 2004 pelo Confiança.

Pernambucano de nascença, o treinador nunca teve títulos expressivos pelo Estado. Já treinou clubes como Santa Cruz, Central, Vitória de Santo Antão, Vera Cruz e Salgueiro. Como técnico passou ainda por clubes de Goiás, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte e teve até uma rápida passagem por Portugal.

Em 2011, ele retornou ao Campinense, para as disputas do Campeonato Paraibano de Futebol e para a Série C. Permaneceu no clube até ser contratado pelo Salgueiro, pernambucano que está na zona de rebaixamento do Brasileirão Série B. Após quatro rodadas sem conseguir uma reação, foi demitido, e estava sem clube até então.        

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