MorreTeófilo Stevenson, o maior boxeador amador de todos os tempos

MorreTeófilo Stevenson, o maior boxeador amador de todos os tempos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:12

O cubano Teófilo Stevenson, o maior nome do boxe amador de todos os tempos, morreu nesta segunda-feira, em Havana, aos 60 anos, vítima de infarto. Stevenson foi tricampeão olímpico e mundial e nunca desejou se profissionalizar. Em 20 anos de carreira, somou 301 vitórias em 321 lutas.

Stevenson deixou os ringues em 1988, quando começou a trabalhar na Federação Cubana de Boxe e na Comissão Nacional de Cuba que cuida dos esportistas aposentados e em atividade.

O boxeador nasceu em Puerto Padre, em 29 de março de 1952, em uma família humilde. A primeira luta de Stevenson foi aos 14 anos, quando perdeu por pontos para Luis Enríquez, boxeador mais experiente. Apesar do mau começo, continuou no esporte e começou a obter bons resultados nas categorias menores.

Andrei Chervonenko, treinador da antiga União Soviética, trabalhava na seleção cubana e notou o talento de Stevenson. Em 1970, começou o longo reinado do boxeador cubano entre os pesados. A primeira medalha de ouro olímpica veio nos jogos de Munique, em 1972. Dali em diante, venceu todos os títulos da (AIBA) Associação Internacional de Boxe Amador, e conquistou outros dois ouros olímpicos – em Montreal 1976 e Moscou 1980. Também conquistou três títulos mundiais – Havana 1974, Belgrado 1978 e Reno 1986.

A fama dentro dos ringues não o envaideceu e ele sempre manteve uma postura cautelosa diante de qualquer rival. Seu maior adversário foi o soviético Igor Visotski, que o derrotou duas vezes.

Stevenson ficou marcado por não ceder ao assédio do boxe profissional para ganhar mais dinheiro nas premiações. Na década de 80, tentaram convencê-lo a enfrentar o campeão mundial dos pesados Muhammad Alí, mas Stevenson manteve-se fiel à pátria cubana. Dizia-se na época que a luta definiria o maior lutador dos pesados da história do boxe.

O fim da carreira foi anunciado depois do título mundial de 1986. Fiel à Revolução de Fidel Castro, foi definido pelo líder como ”merecedor do reconhecimento do povo cubano, por seu êxito no esporte, graças a sua disciplina, seus valores e sua moral. O maior exemplo foi quando lhe ofereceram a possibilidade de ganhar um milhão de dólares. Esse jovem, filho de família humilde, disse que não trocava seu povo nem por todos os dólares do mundo”.

 

 



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