Na altitude, Palmeiras usa arma 'Assunção' para ficar perto da vaga

Na altitude, Palmeiras usa arma 'Assunção' para ficar perto da vaga

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:10

Antes do duelo contra o Universitario de Sucre, Luiz Felipe Scolari afirmou que 70% da vaga para as quartas de final da Copa Sul-Americana seriam decididos na Bolívia. E, pela matemática do treinador alviverde, o Palmeiras está muito perto da classificação. Para derrotar o adversário e a altitude de 2.800m de Sucre na noite desta quinta-feira, o Alviverde contou com uma de suas armas mais eficientes. Graças a um gol de falta de Marcos Assunção, o time paulista derrotou a equipe boliviana por 1 a 0, no jogo de ida do duelo pelas oitavas da competição.

As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, na Arena Barueri, às 22h (de Brasília). O Palmeiras joga pelo empate. O time classificado encara nas quartas de final o ganhador do duelo entre Atlético-MG e Santa Fé (Colômbia). No jogo disputado em Minas, o Galo venceu por 2 a 0. Arma mortal palmeirense garante vantagem

A altitude da capital constitucional da Bolívia prejudicou o Palmeiras antes mesmo de a bola rolar. O volante Edinho passou mal horas antes do jogo e nem foi para o estádio da Pátria. Pierre ganhou a vaga, na única mudança em relação à equipe que iniciou a partida contra o Botafogo, no último domingo. Scolari desistiu de escalar um segundo atacante (Dinei ou Tadeu), como havia comentado na véspera do jogo, e manteve Rivaldo.

Consciente de que precisava dosar as energias no início da partida, o Alviverde adotou um postura de espera nos dez minutos iniciais. Já o time da casa se lançou para frente, priorizando cruzamentos sobre a área, apostando na trajetória instável da bola no ar rarefeito, e chutes de longe. Mas a maioria de seus jogadores demonstrou má pontaria e pouca técnica, com muitos erros de passes.

E foi com uma das principais armas do time - a precisão de Marcos Assunção - que o Palmeiras teve a sua primeira oportunidade. O volante cobrou falta sobre a área aos 17 minutos. A defesa do Sucre bobeou, e a bola chegou limpa para Kléber na pequena área. O atacante cabeceou rente ao travessão.

A arma funcionou com perfeição aos 26, após Kléber sofrer falta perto da área. Um dos responsáveis pela classificação do time para a fase internacional da Sul-Americana, com um gol de falta diante do Vitória, Marcos Assunção mostrou novamente categoria e eficiência, cobrando a infração no canto direito do goleiro Lampe, que apenas acompanhou a bola ir para a rede.

Diante do reduzido poder de fogo do adversário, o Palmeiras manteve a postura de aguardar os erros do rival e partir em contra-ataques. Em um deles, aos 35, Valdivia sentiu uma forte dor na coxa esquerda - a mesma que o afastou do treinamento de terça-feira. E teve que ser substituído. Tristeza para o chileno, que viu seus colegas entrarem em campo com um bandeira do seu país e uma faixa da saudação aos mineiros resgatados no deserto da Atacama.

Sucre pressiona na etapa final, e Deola garante No segundo tempo, o Universitario de Sucre, apesar da falta de técnica, partiu para a pressão. Com dez minutos da etapa final, o treinador argentino Javier Vega colocou um terceiro atacante em campo (Cirillo) no lugar de um meia (Junco). A mudança melhorou o time boliviano. E foi a vez do goleiro Deola aparecer no jogo.

O substituto de Marcos defendeu uma falta cobrada com força por Bejarano aos 12. E também o rebote, completado meio sem jeito por Cirillo. E o arqueiro também teve sorte e ajuda dos companheiros Rivaldo e Márcio Araújo para manter a sua meta invicta nove minutos depois. Após cobrança de escanteio, Bejarano completou de cabeça. A bola tocou na trave direita e voltou para o centro da pequena área, se oferecendo para Aguirre. O zagueiro chutou, e Rivaldo salvou o Palmeiras, cortando com o pé direito. Na sequência, Márcio Araújo salvou em cima da linha. Deola ainda apareceu bem aos 27, espalmando uma falta cobrada por Lima.

Diante da iniciativa do adversário e já sem o mesmo fôlego da etapa inicial, o Palmeiras apostou na marcação, tentando não dar espaços para o time boliviano. O time paulista pouco foi ataque no segundo tempo. Mas não deixou a Bolívia com uma vantagem ainda maior devido a um erro da arbitragem aos 35 minutos. Kleber chutou de fora da área, e o goleiro Lampe largou. Lincoln, que estava atrás do último defensor, acompanhou o chute e aproveitou o rebote, colocando a bola na rede. Mas o auxiliar César Escano marcou impedimento inexistente.

Nos minutos finais, o Universitario tentou pressionar, mas não mostrou o mesmo ímpeto anterior. E restou ao Palmeiras deixar o tempo passar e respirar mais tranquilo com a vantagem obtida na altitude de Sucre.

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