Na volta de Robinho, Fluminense bate o Santos na Vila e é vice-líder

Na volta de Robinho, Fluminense bate o Santos na Vila e é vice-líder

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:19

Com Robinho de volta, o Santos parecia impossível. Neymar correndo sem parar, e Ganso como sempre distribuindo bons passes. No Fluminense, Diguinho não dava espaços, e Conca e Fred não deixavam de lutar na frente. Pelo estilo agressivo e ofensivo, o Peixe parecia mais perto da vitória e realmente esteve. Mas no duelo de muita correria e alternativas, o Tricolor, guerreiro que foi, deixou o gramado da Vila Belmiro vitorioso e vice-líder do Brasileirão: 1 a 0, gol de Alan. O time cada vez mais tem a cara e o espírito do técnico Muricy Ramalho e termina a nona rodada com 19 pontos, dois a menos que o Corinthians. O Peixe sofre a segunda derrota seguida, perde terreno e cai da quarta para a nona posição, com 12.

Na próxima quarta-feira, o Santos visita o Atlético-PR, na Arena da Baixada, às 21h50m. Na quinta, o Fluminense recebe o Cruzeiro, no Maracanã, às 21h.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Peixe arma correria, e Flu fecha a porta

Cena comum na Vila: Diguinho e Robinho em

disputa (Foto: Douglas Aby Saber / Agência Estado)   Foram dois meses longe. Robinho não pisava no gramado da Vila Belmiro desde o dia 19 de maio, quando o Santos venceu o Grêmio pela semifinal da Copa do Brasil. Dali em diante, o craque apresentou-se à Seleção Brasileira, jogou a Copa do Mundo da África do Sul e foi eliminado nas quartas de final. De volta, o atacante entrou em campo com o filho Robson Júnior no colo. O garotinho agarrou o pescoço do pai e quando a bola rolou Diguinho assumiu o posto. O volante do Fluminense não desgrudou do camisa 7. Não importava em que parte do campo ele estivesse.

Não era permitido cochilar. Aos quatro minutos, após cobrança rápida de falta de Paulo Henrique Ganso, Robinho avançou pela direita, invadiu a área e bateu à esquerda de Fernando Henrique. Parecia que o Peixe dominaria as ações, mas o Tricolor manteve a calma e se organizou. Muricy Ramalho deixou Gum, André Luis e Leandro Euzébio na marcação de Neymar e André, que não assustaram tanto. Além de marcar bem, o Flu também atacou. Conca lutou no meio e foi perigoso na bola parada. Fred buscou jogo e tentou de longe, aos 16. O chute foi defendido pelo goleiro Rafael.

Para tentar escapar da marcação, Dorival Júnior pediu que Neymar abrisse pelas pontas e criasse alternativas. Foi assim que ele teve liberdade, tentou invadir a área e foi derrubado por Diguinho quase sobre a linha. Na cobrança, Ganso buscou o ângulo esquerdo do goleiro e errou por muito pouco, aos 28. Era a terceira boa participação do camisa 10, que antes havia deixado Robinho em boas condições de marcar. Novamente o chute se perdeu pela linha de fundo.

Da metade do primeiro tempo em diante, o Santos foi superior, especialmente com Robinho pela direita. Neymar e André se movimentavam mais, e o Fluminense limitou-se a defender. O time não conseguia ter posse de bola e nem puxar contra-ataques. Só depois de muito tempo voltou a assustar, aos 42. Mariano partiu desde o meio-campo pela direita, tabelou com Fred e bateu sobre o gol de Rafael. Na resposta, André chutou colocado, e Fernando Henrique espalmou. Jogo corrido, de variações táticas, mas com placar em branco.

Santos martela, mas quem carimba é o Tricolor

Deixar o time do Santos trocar passes foi um risco que o Fluminense decidiu correr. Em poucos toques e com agilidade, a molecada chegava na cara do gol. Foi assim que André quase abriu o placar no início do segundo tempo. Após receber cruzamento da ponta direita, o atacante desviou de primeira, mas errou o alvo. Neymar foi perigoso pela esquerda. Aos oito, um chute cruzado assustou Fernando Henrique.

Além de ter de marcar, Diguinho e Diogo, principais destruidores do time, se preocuparam em evitar as faltas. Ambos receberam cartão amarelo e estavam pendurados. O Fluminense não conseguiu repetir os bons momentos do primeiro tempo, e Muricy decidiu mudar. Rodriguinho deu lugar a Alan, na tentativa de dar mais velocidade ao ataque tricolor. Quem apareceu primeiro foi Carlinhos. Aos 13, o lateral-esquerdo apresentou-se para tabelar com Fred, recebeu de volta e bateu para fora. Um minuto depois, Conca deu um lindo passe de calcanhar, Carlinhos chutou forte, e Rafael pegou.

Alan entrou no segundo tempo e foi decisivo na vitória tricolor  (Foto: Luiz Fernando Menezes / Photocamera)   Dorival também trocou peças na frente. André, até então apagado, saiu para a entrada de Marcel. Em seu primeiro lance, o atacante grandalhão fez o travessão de Fernando Henrique tremer. Um chute forte, de fora da área, assustou o goleiro. A partida ficou mais franca, e o Santos voltou a crescer, principalmente em jogadas de Robinho e Ganso. A equipe tricolor passou a ter mais espaços para contra-atacar. Na melhor chance que teve, o golpe foi fatal. Aos 32, Alan recebeu passe preciso de Mariano em liberdade e bateu na saída de Rafael: 1 a 0. 

Se a pressão santista era grande, triplicou. Dois minutos depois de sofrer o gol, o time quase empatou. Wesley aproveitou o rebote de uma cobrança de falta e bateu de primeira. Fernando Henrique caiu para fazer linda defesa. Insatisfeito, Dorival tirou Neymar e Wesley e colocou Zé Eduardo e Madson. O empate quase saiu aos 38. Em jogada rápida, Zé Eduardo recebeu livre na direita e bateu cruzado. Robinho ainda apareceu na segunda trave para tentar aproveitar, mas mandou para fora. Na base do tudo ou nada, o Peixe martelou, mas não o suficiente para empatar. Guerreiro, o Flu se mantém firme no G-4 e de olho na liderança.  

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