Ney Franco diz que nem em sonho esperava goleada sobre o Uruguai

Ney Franco diz que nem em sonho esperava goleada sobre o Uruguai

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:56

O técnico Ney Franco foi convidado no ano passado por Mano Menezes para assumir o projeto olímpico da Seleção Brasileira. O primeiro passo foi dado com a conquista do Sul-Americano sub-20, no último domingo, em Arequipa, no Peru. A partir de agora, após levar a equipe aos Jogos de Londres, em 2012, o comandante vai assumir a função de coordenador técnico das categorias de base da CBF. Animado com o trabalho, ele já pensa nas próximas competições do time canarinho.

Amantes do futebol, ele não para mesmo após a conquista. Já em Arequipa, o comandante brincou com alguns atletas e disse que já não estava mais falando como treinador, mas sim como coordenador. No bate-papo, além de comentar o planejamento dos próximos torneios, ele falou que o brasileiro precisa deixar a “malandragem” de lado e jogar mais futebol. Na opinião dele, a goleada por 6 a 0 sobre o Uruguai, no último domingo, é o modelo que deve ser seguido.

- Está na hora de acabar a malandragem, pois em todo confronto, a malandragem está perdendo para a catimba. Nesse campeonato aprendemos muito com isso. Fizemos essa última partida bem, pois o time adversário tentou parar o jogo com faltas, mas não conseguiu. Foi um exemplo de boa atuação – afirmou o comandante. Contra a escola europeia, a malangragem também está perdendo – afirmou Ney Franco.

Confira abaixo o restante da entrevista com o treinador brasileiro:

Imaginou um resultado como esse na decisão?

NEY FRANCO: Não dava para imaginar esse resultado. Nem em meus melhores sonhos. Não só pelo placar, mas nós fomos senhores do jogo. Só tivemos gols bonitos. Foram gols construídos pela qualidade técnica. Foi muito legal e saio satisfeito. Já saio dessa competição pensando no Mundial da Colômbia. Espero que a comissão técnica tenha capacidade para criar esse grupo para disputar o Mundial.

O que acrescenta na sua carreira essa conquista do Sul-Americano?

NF: Acrescenta muito. É um título internacional. Além disso, dirigir jogadores com talento é um privilégio. Além de colocar o título no currículo, nós temos a sensação de dever cumprido. Qualquer profissional do futebol se faz com título, principalmente o treinador. É mais um para a galeria. Tenho pouco tempo de futebol profissionalmente, mas esse torneio terá um destaque especial, principalmente pela forma como foi conduzido.

Os cabelos brancos aumentaram depois da competição?

NF: Os cabelos brancos aumentaram só pela pressão da competição. A responsabilidade era grande, a CBF investiu muito nesse projeto. A necessidade de ir a uma Olimpíada era grande. Você chegou a uma competição com dez equipes e só duas chegariam ao seu objetivo. Foi um trabalho tranquilo, a meninada foi tranquila. Dei um abraço em cada um após o jogo porque se criou um respeito mútuo da comissão técnica com os jogadores. Um grande respeito, que culminou com um grande jogo no final. Além da vaga olímpica, nós voltamos para o Brasil levando mais um título.

E qual é o planejamento daqui para frente?

NF: Temos um Sul-Americano sub-17 no Equador. Espero acompanhar essa competição e que eles tenham o mesmo sucesso da sub-20. Após o Sul-Americano sub-17, nós já temos um Mundial também. No mês que vem, nós teremos uma convocação sub-18 para um torneio em Barcelona. Já serve para ver alguns jogadores que não estiveram aqui. Depois desse torneio, nós começamos o projeto do Mundial. Quanto tempo de treinamento, definir a lista de jogadores.

E como avalia a goleada sobre o Uruguai? É um jogo que você curtiu assistindo na beirada do campo?

NF: Sabemos que temos jogadores de talento. Quando você encontra um jogo onde um talento pode se sobressair, ele deve fazer isso. Senti alegria nessa equipe. Foi ótimo presenciar essa atuação como treinador, como amante do futebol. Vimos um show de futebol, foi um espetáculo e assisti tudo da lateral do campo, com uma visão privilegiada. Deu para curtir um pouco.

Os jogadores vão receber alguma premiação pela conquista da vaga olímpica e do título do Sul-Americano?

NF: Foi bem conversado isso com eles. Viemos para cá falando que a maior premiação seria representar o futebol brasileiro. Vou falar como coordenador com o presidente (Ricardo Teixeira) para ver se conseguimos alguma premiação. Mas não temos compromisso. Não prometemos nada tanto para os atletas como para a comissão técnica.

Por: Marcio Iannaca

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