Tudo que Luciano Corrêa queria era ir lá e meter a porrada. Engasgado com a derrota para Oreydi Despaigne na semifinal do Pan do Rio de Janeiro, o judoca esperava dar o troco em Guadalajara. Tudo seguiu conforme o roteiro e os dois se reencontraram, desta vez na final. E o brasileiro levou a melhor. No golden score, Luciano venceu o rival em luta complicada e conquistou o ouro no meio-pesado (até 100kg) dos Jogos Pan-Americanos.
- Só de levar o título já estou muito feliz. Ter sido em cima do cubano foi muito melhor. Foi um título muito difícil, as duas primeiras lutas foram muito complicadas. Comecei perdendo para o americano, mas melhorei durante o dia - comemorou Luciano.
Luciano Corrêa comemora depois de conquistar o ouro no Pan (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)
A derrota em casa em 2007 estava engasgada não à toa. Chateado com o próprio erro, o judoca teve mais uma chance de buscar o ouro nesta quarta. E não decepcionou...
Na final, o combate começou equilibrado, com os dois judocas se respeitando muito. Até demais. Tanto que a juíza chegou a advertir os dois. Faltando 51s, o cubano fugiu de um golpe e recebeu a punição dando um yuko para Luciano. Mas, 20s depois, a árbitra marcou uma entrada falsa do brasileiro, empatando o confronto. A decisão foi para a prorrogação.
Luciano Corrêa seguiu indo para cima do cubano, e, quando Despaigne fugiu de mais um golpe, a árbitra mexicana Verônica Jiménez chamou os outros juízes para conversar. Decidiu punir mais uma vez o judoca de Cuba. Com a vitória garantida, o brasileiro deu um grito ainda no tatame. O nó na garganta não estava mais lá.
O caminho até o ouro
No caminho até a final, Luciano teve pela frente o portorriquenho Carlos Santiago. O brasileiro contou com quatro punições ao seu adversário e avançou por ippon. Nas quartas de final, o judoca teve pela frente o americano Kyle Vashkulat. Mais uma vez, as advertências predominaram. Foram três para cada lado, mas, no fim, o brasileiro encaixou um bonito contra-ataque, aproveitou o desequilíbrio do adversário e finalizou o combate.
Já nas semifinais, o rival foi o mexicano Sérgio Garcia. Após ficar em desvantagem até a metade da luta (um yuko contra), Corrêa acertou dois golpes, que lhe renderam o wazari e o ippon e a ida à final. Depois, foi tirar do papel a vingança sobre Oreydi e comemorar o título.
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