Nos 50m livre, Cielo e Fratus ignoram falhas na cronometragem

Nos 50m livre, Cielo e Fratus ignoram falhas na cronometragem

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

A aposta já estava valendo. Com a promessa de que o técnico Albertinho tiraria a barba caso nadasse os 50m livre abaixo de 21s30, Cesar Cielo preferiu guardar o fôlego e a provável vitória dupla para a disputa de medalhas, na noite desta quinta-feira. Em tomada de tempo marcada por falhas na cronometragem, o campeão mundial nadou a distância em 22s17 e avançou à final com o melhor tempo das eliminatórias. Bruno Fratus foi o terceiro mais rápido no geral, com 22s44.

Cesar Cielo confere o tempo: placar eletrônico deu problema na eliminatória (Foto: Satiro Sodré / Agif) - Albertinho está mais agressivo nas apostas. Depois dos 47 (tempo na casa dos 47 segundos nos 100m livre) ele está achando que vou nadar para 20 segundos aqui. Então, não sei vou apostar nada com ele. Mas estou querendo fazer o melhor tempo do ano nesta noite. A gente teve esses três dias de folga. Acho que foi um choque de novo para entrar na competição. Deu uma chacoalhada, mas foi tranquilo. Bruno nadou bem também, deu uma segurada no final. Acho que é uma prova em que podemos fazer outra dobradinha para o Brasil - disse Cielo

Bruno Fratus se garante na disputa por medalhas

com o terceiro tempo (Foto: Satiro Sodré / Agif) O problema no placar começou já na primeira bateria, quando os tempos congelaram antes dos atletas alcançarem a borda e encostarem nas placas submersas. Com a falha, Bratt Fraser, das Ilhas Cayman, foi anunciado como detentor do novo recorde Pan-Americano, com 21s42. Após a segunda série, o superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Ricardo de Moura, reclamou junto aos organizadores, e a marca foi revista. O tempo real do esportistas das Ilhas Caymam foi corrigido para 22s73

- A raia cinco tinha problemas, mais de um segundo. A sorte é que tinham as câmeras. Eu solicitei a revisão raia por raia. Na segunda série, voltou a apresentar um erro. O Bruno não era quarto, era terceiro. Aí eles fizeram revisão de novo e resolveu - explicou o técnico.

Com a confusão desfeita, Cielo voltou a ser dono da marca mais baixa da história da competição (21s84), de 2007.

- Se fosse um Bouquet (Fred Bousquet, francês rival de Cielo a nível mundial) da vida eu até acreditaria. Quando eu vi 21s42 parei e falei que ia nadar para 19s. Mas isso não atrapalha. Foi até um momento de descontração do que para atrapalhar. Agora vamos concertar para de noite. Tem bastante coisa para acertar.

Bruno Fratus também ficou assustado quando viu que o cubano Hanser Garcia tinha feito quase um segundo a menos que ele na segunda bateria.

- A primeira série eu já não entendi nada. Já deu aquela quebrada na concentração. Como assim o cara que nada para 22s alto no Mundial nada pora 21s4 agora? O que ele andou fazendo? Depois, na minha série, dei uma controlada no cubano nos últimos 15 metros, aí ele chega quase um segundo na minha frente. Eu pensei: “Não é possível que eu controlei tão mal assim”. Que credibilidade a gente dá para um resultado se está acontecendo isso? A gente fica com pé atrás - afirmou Fratus.

Cesar Cielo busca sua terceira medalha de ouro em Guadalajara. O campeão mundial subiu no lugar mais alto do pódio nos 100m livre e no revezamento 4x100, prova que também contou com Bruno Fratus no quarteto da final.            

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