O pão que os diablos rojos amassaram: Inter perde de virada

O pão que os diablos rojos amassaram: Inter perde de virada

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:31

        O Inter comeu o pão que os Diablos Rojos amassaram e perdeu de virada, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, em Avellaneda, no primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-Americana. Muito mal no jogo, o time gaúcho correu o risco de sofrer derrota ainda maior para o Independiente. Quando esteve em situação mais crítica, o Colorado suportou a pressão e até abriu 1 a 0, com Leandro Damião, em eterna repetição de gols. O curioso é que levou a virada quando parecia apto a suportar a pressão.

Com o resultado, o Rei de Copas joga pelo empate no Beira-Rio, no duelo de volta, no dia 24 de agosto. Vitória simples do Inter leva a decisão do título à prorrogação. Os colorados precisam de pelo menos dois gols de diferença para conquistar o torneio no tempo normal. A disputa é por saldo simples.

Agora, o Inter volta a pensar no Brasileirão. No domingo, visita o Bahia às 18h30m.

Todos os gols são de Leandro Damião: menos o de Velázquez

Dizem que o futebol foi criado com um gol de Leandro Damião. Dizem que todos os gols da Copa de 30 foram de Leandro Damião. Dizem que o Uruguai foi campeão, no Maracanazo, com dois gols de Leandro Damião. Dizem que Pelé deu mais de mil passes para gols de Leandro Damião. Exagero, claro, enorme exagero: Maxi Velázquez logo provou que está longe de ser assim. Mas em um primeiro tempo de 1 a 1 em Avellaneda, só o oportunismo do centroavante para salvar a pele colorada.

O Inter foi mal nos 45 minutos iniciais. Com apenas um articulador no time para ter Jô ao lado de Leandro Damião no ataque (Andrezinho ficou no banco), a equipe colorada foi dominada no miolo do campo. O Independiente teve caminho livre para combater os volantes brasileiros e chegar até a área defendida por Muriel. Os visitantes sofreram pressão. Poderiam ter ido para o vestiário com resultado pior.

Os primeiros dez minutos foram de apavorar. Teve chute rasteiro de Nuñez, rente à trave, em cobrança de falta; teve cabeceio de Perez na rede, por fora, a poucos centímetros do gol; teve pancada de Fredes por cima do travessão. E o Inter acuado, esmagado em seu campo de defesa, sem domínio pelo meio, com D’Alessandro sobrecarregado. Aos poucos, porém, o time gaúcho conseguiu firmar pé em campo.

O primeiro passo do Inter foi diminuir a pressão. O segundo foi equilibrar o jogo. E o terceiro foi pular na frente. Nei, pela direita, arrancou para cima de Gabriel Milito com uma pedalada. O cruzamento foi prontamente complementado pelo desvio de Leandro Damião, que segue fazendo um gol depois do outro. Já são 29 em 2011.

Era um enorme resultado a favor do Inter. Mas logo deixou de ser. Em cruzamento da direita, marcado por Bolívar, Maxi Velázquez subiu mais alto e metralhou Muriel. O empate fez o estádio tremer com os pulos dos torcedores até o encerramento da primeira etapa.       Índio gruda em adversário: Independiente foi superior no primeiro jogo da final da Recopa (Foto: Reuters)       Independiente vira

O Inter voltou sem modificações para o segundo tempo, mas disposto a controlar um pouco mais o andamento do encontro. E conseguiu. Os primeiros momentos do período foram bem diferentes do que havia acontecido antes. Teve até chance. Jô fez boa jogada pela esquerda e emendou cruzamento forte. Leandro Damião entrou feito um raio na área. Faltou um triz para fazer o gol.

O Independiente reagiu. Muriel teve que intervir duas vezes, com duas espalmadas - uma por cima, outra por baixo. Empolgados, os argentinos intensificaram o posicionamento ofensivo. E passaram a dar espaços. Foi assim que, novamente, quase saiu o gol vermelho. Jô, outra vez pela esquerda, mandou na área. Tinga dominou e mandou uma pancada na trave. Quase.

O problema é que esse tal de “quase” costuma ser mau prenúncio. Em falta na entrada da área, o Independiente virou. Pérez cobrou, a bola desviou na barreira e tirou Muriel do lance. O inferno vermelho tomou conta de Avellaneda. O Inter comia o pão amassado pelo adversário.

Até foi possível reagir. Leandro Damião rasgou a área e teve tudo para empatar, mas parou no goleiro Navarro. Acabou não tendo jeito. A derrota foi inevitável e deixou uma conclusão: longe do céu, mas nem tanto ao inferno, porque poderia ter sido pior - que o diga a bola que Nieva mandou na trave.              

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