Palmeiras cede empate ao São Caetano

Palmeiras cede empate ao São Caetano

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:51

por Diego Ribeiro

Os primeiros 30 minutos do Palmeiras contra o São Caetano foram de empolgar: time entrosado no ataque, sufocando o adversário e saindo em vantagem no placar. Depois, porém, erros na defesa e chances desperdiçadas lá na frente permitiram a reação do Azulão e o empate por 1 a 1 neste domingo, no Anacleto Campanella. O Palmeiras só não sofreu a virada porque Deola salvou no fim. Com o resultado, o Alviverde foi a 29 pontos, dois a menos que o Corinthians. E o São Caetano continua sendo a eterna pedra no sapato palmeirense, responsável, por exemplo, pela demissão de Muricy Ramalho no ano passado.

O Verdão jogou bem no início, mas sofreu com problemas recorrentes na segunda etapa e não conseguiu repetir a bela atuação da goleada por 4 a 0 sobre o Uberaba, na quarta-feira passada. O Azulão, por sua vez, soube aproveitar o dia pouco inspirado do rival para ao menos garantir um pontinho. Agora, o time do ABC vai a 17 na tabela, mas permanece longe do G-8.

Na próxima rodada, o Palmeiras pega o Linense na Arena Barueri, quarta-feira, às 19h30m (de Brasília). O São Caetano recebe o Bragantino também na quarta, às 17h, no Anacleto Campanella.

Inversão de papéis

Normalmente, a defesa do Palmeiras sofre pouco na marcação, enquanto o ataque precisa criar inúmeras oportunidades para fazer um gol. No Anacleto, a situação foi um pouco diferente no primeiro tempo, com o setor ofensivo criando muito e a defesa perdendo todas as disputas em bolas aéreas.

A opção de Luiz Felipe Scolari por escalar três atacantes surtiu efeito graças à constante movimentação do setor formado por Kleber, Luan e Adriano. O Palmeiras conseguiu confundir a marcação do São Caetano e abrir espaços pelas laterais, permitindo assim a chegada dos homens de meio de campo. A cada ataque, o Verdão subiu com cinco, seis, às vezes até sete jogadores depois da intermediária.

O resultado veio logo aos cinco minutos. Aproveitando falha da marcação, Marcos Assunção fez longo lançamento procurando Kleber. O lateral Artur, enquanto olhava para a bola no alto, atropelou o Gladiador: pênalti marcado por Guilherme Ceretta de Lima. Os jogadores do Azulão reclamaram, alegando se tratar apenas de um esbarrão. Na cobrança, Kleber colocou a bola no canto esquerdo de Luiz e abriu o placar.

O São Caetano demorou a se encontrar no jogo. Enquanto isso, o Verdão seguia aproveitando as brechas pelas pontas, principalmente com Cicinho na direita. Na melhor jogada, o camisa 2 rolou para Marcos Assunção, que chutou da entrada da área e exigiu grande defesa de Luiz. Em outra bela subida do ataque, com nada menos do que seis palmeirenses próximos à área, Adriano recebeu sozinho de Luan, mas chutou nas arquibancadas do Anacleto Campanella.

Tudo corria muito bem, mas bastou um leve relaxamento da equipe para o São Caetano começar a pressionar, sempre em bolas alçadas na área. Na primeira, Deola fez milagre em cabeçada de Jean. Minutos depois, a trave salvou o Verdão em um voleio de Eduardo na pequena área. No lance seguinte, não teve jeito. Aos 35, Walter Minhoca cobrou escanteio na cabeça de Artur, que se redimiu do pênalti cometido e empatou a partida. Mesmo sendo um dos mais altos do time da casa, com 1,83m, o lateral subiu sem marcação no lance. Marcos Assunção era quem deveria estar com Artur.

O Palmeiras de Kleber parou na marcação do São Caetano: 1 a 1 no Anacleto  (Foto: Agência Estado)   Cabeça quente

O bom futebol do Palmeiras ficou nos vestiários. Bem mais contido em campo com a entrada de Tinga no lugar de Adriano, o time teve dificuldades em furar a defesa do Azulão. Do outro lado, o time de Ademir Fonseca enxergou a possibilidade de vitória e passou a marcar no campo de ataque, tentando roubar a bola e engatar um contragolpe.

No entanto, o excesso de jogadas duras e o pavio curto dos atletas acabaram prejudicando as duas equipes. Em um entrevero antes de cobrança de falta do Palmeiras, Thiago Heleno empurrou Aílton. Tomando as dores do companheiro, o zagueiro Anderson Marques levou a mão ao pescoço do palmeirense. Resultado: Anderson e Thiago expulsos.

Com mais espaços para atacar, o Palmeiras até esboçou uma pressão, mas esbarrou no problema que já é recorrente: o desperdício de oportunidades. Primeiro com Kleber, depois com Gabriel Silva, o time perdeu duas chances claras de fazer 2 a 1.

A cabeça quente da equipe contagiou a torcida, que se irritava a cada lance perdido. Um jogo depois de ter feito dois gols e ajudado o Verdão a eliminar o Uberaba na Copa do Brasil, Luan deixou o campo vaiado pelos palmeirenses. A apreensão aumentou quando o Azulão pressionou e quase virou o jogo. Se não fosse uma defesa salvadora de Deola em cabeçada de Luciano Mandi, a tarde poderia ter sido ainda pior para o Palmeiras.  

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