Palmeiras sofre, mas bate Ceará e sonha com Libertadores

Palmeiras sofre, mas bate Ceará e sonha com Libertadores

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:26

Não teve show, estádio lotado ou craques brilhando. Mas em um momento de crise interna entre diretoria e comissão técnica, bom negócio para o Palmeiras é vencer, não importa como. Foi assim nesta quinta-feira, dia em que o time voltou à sua “casa” Canindé e retomou o caminho das vitórias depois de cinco jogos de tropeços no Campeonato Brasileiro. O 1 a 0 contra o combalido Ceará pode até não ser o resultado mais vistoso, mas recolocou o Verdão na briga direta por vaga na Taça Libertadores do ano que vem. O gol contra do ex-palmeirense Thiago Matias – ironia – devolveu a esperança ao torcedor alviverde.

A vitória faz o Palmeiras subir para a sétima posição na tabela, com 38 pontos, a dois do Fluminense, quinto colocado e primeiro integrante do grupo dos que se classificam para a Libertadores.

Não foi nada fácil bater o Ceará. Sem um meia de ligação, o Verdão dependeu da bola parada de Marcos Assunção e de um dia inspirado do atacante Luan, válvula de escape pelo lado esquerdo. Ao menos deu para manter o ótimo retrospecto no Canindé: nove vitórias e dois empates nos 11 jogos no estádio em 2011.

Com 27 pontos, o Ceará se vê cada vez mais perto do perigo. É a segunda derrota consecutiva de Estevam Soares no comando do time - estreou na goleada por 4 a 0 sofrida diante do São Paulo. O Atlético-MG, primeiro da zona de rebaixamento, está só a dois pontinhos de distância. O Vozão segue sem vencer no returno do Brasileirão.

Na próxima rodada, o Palmeiras viaja até Goiânia para enfrentar o Atlético-GO no domingo, às 18h (de Brasília), no Serra Dourada. Na mesma data e horário, o Ceará recebe o Coritiba no Presidente Vargas.   Luan comemora gol do Palmeiras sobre o Ceará (Foto: Piervi FonsecaAgência Estado)       Pressão, competência e sorte

A torcida palmeirense, desta vez, fez seu papel. Com exceção de uma faixa virada de cabeça para baixo em protesto, o Canindé teve clima ameno durante os 90 minutos. Dentro de campo, os jogadores sentiram o apoio e atuaram com maior tranquilidade, tocando a bola, girando o jogo e dominando o Ceará aos poucos. Felipão treinou com quatro atacantes durante a semana, mas só lançou três: Luan, Fernandão e Kleber, que atuou mais recuado. Mesmo assim, a postura do Palmeiras foi incisiva, sem deixar o rival respirar.

Criticado pela torcida, Luan foi o grande condutor do ataque no primeiro tempo. Pelo lado esquerdo, o atacante fez bom trio ao lado de Chico e Gabriel Silva, armou jogadas de perigo e ainda foi quem mais arriscou a gol, exigindo duas grandes defesas de Fernando Henrique. O Verdão insistiu demais pelo setor, já que o lado direito era povoado pelo improvisado Márcio Araújo e pelo contestado Tinga.

O Ceará só se arriscou na base do chuveirinho para os ex-palmeirenses Washington e Roger. Com quatro volantes no meio-campo, o técnico Estevam Soares se dava por satisfeito com o empate parcial. Um desses volantes, João Marcos, fez companhia aos dois zagueiros e exerceu marcação individual em cima de Kleber, sumido em campo. Sem um armador, o Vozão se limitou a marcar e evitar o gol do Palmeiras. O time da casa martelou e ainda reclamou de dois supostos pênaltis não marcados - uma bola na mão de Thiago Matias e uma entrada dura em Fernandão.

A tarefa vinha sendo bem cumprida, com Fernando Henrique em dia inspirado. Mas a torcida alviverde não perdeu a paciência, seguiu apoiando. A recompensa veio aos 43 do primeiro tempo, com o melhor em campo até então. Luan subiu mais do que todo mundo, viu a bola desviar em Thiago Matias e entrar mansinha no gol: 1 a 0. Coisas da sorte, aquela que vinha faltando ao Palmeiras nos últimos 11 jogos. Sorte justa para o único time que atacou nos 45 minutos iniciais.

Vem, Ceará

O Palmeiras manteve a pressão nos primeiros dez minutos do segundo tempo, até para tentar resolver logo o jogo e dar tranquilidade à torcida. Aos poucos, porém, o bom ritmo foi caindo, caindo, e o Ceará viu ali uma esperança de empatar o duelo. Com Thiago Humberto e Marcelo Nicácio no ataque, o Vozão mostrou mais volume de jogo e passou a incomodar o goleiro Deola, que mal havia tocado na bola na etapa inicial.

As dificuldades só aumentaram para o Palmeiras, que passou a segurar o resultado do jeito que deu. Lá pelos 20 minutos, Felipão já mandava o time maneirar nas subidas ao ataque. O técnico sinalizou a cautela ao sacar o meia Tinga para lançar o volante João Vitor, que pouco apareceu. O Verdão chamou o Ceará para o jogo, que aceitou o convite e criou boas chances de igualar.

Na arquibancada, parte da torcida atrás do banco de reservas de Felipão se irritou. Críticos e defensores do técnico se desentenderam e promoveram um princípio de confusão no Canindé, enquanto o comandante observava tudo de longe. O entrevero só parou no único bom ataque do Palmeiras no segundo tempo - Maikon Leite fez tudo certo, mas a zaga salvou o chute do atacante em cima da linha. Se não deu para ampliar o placar, ao menos a vitória voltou.                    

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições