Piloto de parapente tenta recorde de maior salto de montanha no Brasil

Carioca tenta recorde de salto de parapente

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:13

Se não bastasse a adrenalina de escalar perigosas montanhas pelo Brasil, o aventureiro Sandro Cardoso resolveu passar a saltar delas de parapente depois de atingir o cume. O carioca de 35 anos gostou tanto desta sensação que agora quer ir além. Nesta quarta-feira, ele decolará da quarta maior montanha do Brasil, a Pedra da Mina, na Serra da Mantiqueira, com 2.798 metros de altitude e de difícil acesso.

- A Pedra da Minha é um lugar que ninguém nunca voou. Eu vou ser o primeiro a decolar de lá e vai ser a decolagem mais alta realizada aqui dentro do nosso país. Vai ser uma quebra de recorde – explicou Sandro, que também trabalha como ator.

A paixão pela natureza e pelas aventuras começou ainda pequeno, quando era escoteiro. Mas foi depois de uma viagem de bicicleta pela costa da Bahia que Sandro Cardoso decidiu se dedicar para valer aos esportes ao ar livre. O carioca praticou windsurfe, mergulho, rafting... Mas foi o alpinismo que mais lhe chamou a atenção. E das escaladas para o voo livre foi um pulo.

- Quando você começa a escalar é meio que natural tomar gosto pelo voo livre. Para subir em uma montanha escalando, você leva muito tempo, é uma complicação muito grande para alcançar o cume. Quando consegue chegar ao cume, precisa fazer rapel do dobro do que você escalou. Então, todo o escalador pensa: “Por que a gente não pode escalar e descer voando?”

Foi assim que Sandro passou a ficar cada vez mais instigado a praticar o voo livre após escalar as montanhas. O aventureiro, porém, logo se deparou com um problema: ficaria muito pesado escalar as altas montanhas com todos os equipamentos para a decolagem nas costas. Mas a vontade de saltar de picos cada vez mais altos fez o carioca desenvolver um material bem mais leve. Os usados hoje no Brasil têm entre 25 e 30kg, enquanto este tem apenas cerca de 11kg.

Retirado, literalmente, o peso das costas, Sandro está preocupado agora com as condições climáticas para o maior desafio de sua carreira.

- A Pedra da Mina me assusta um pouco porque próximo a ela, na base, não tem pouso. Ou seja, vou ter que ver isso lá de cima. Isso dá uma certa ansiedade porque eu quero realizar. Mas não depende só de mim. Depende da mãe natureza, ela tem que me ajudar. Tem que ter uma condição de vento boa, não pode ter nuvem em volta, o tempo tem que estar aberto - afirmou o piloto, que chegará ao cume escalando.

Com o sucesso deste salto, o piloto de parapente pretende dar início a uma série de saltos arriscados em diversas localidades, como Pico da Neblina (2993m – a maior do Brasil), Aconcágua (6997m - a maior do mundo fora da Ásia), Kilimanjaro (a maior da África) e Salto Angel (Venezuela).

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