Por Nezinho e Arthur, seleção militar trava 'cabo-de-guerra'

Por Nezinho e Arthur, seleção militar trava 'cabo-de-guerra'

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:35

No centro do debate, dois sargentos. Em volta deles, dois “generais”, cada um puxando a corda para o seu lado. É esse o cabo-de-guerra que se desenrola nos bastidores do basquete brasileiro neste início de mês. O armador Nezinho e o ala Arthur, escalados para a seleção que disputará os Jogos Mundiais Militares a partir da próxima semana, também foram convocados para a seleção principal, que vai ao Pré-Olímpico em agosto e já está treinando em São Paulo. Alberto Bial, técnico da equipe militar, gostaria de contar com a dupla ao menos na semi e na final, se o Brasil chegar lá. Mas o argentino Rubén Magnano não está muito disposto a baixar a guarda.

Arthur e Nezinho: entre a seleção principal e a dos Jogos Militares (Foto: Divulgação / Gaspar Nóbrega)

  - Bial esteve reunido comigo. Tomamos um café, e apresentei minha posição. As possibilidades de liberar os dois jogadores são poucas. Quase nulas. Mas ainda não fechei. Minha ideia hoje é que eles não podem sair do grupo. Como treinador, posso pensar em outras coisas, mas hoje não vejo essa possibilidade – explicou Magnano, que tem em mãos um grupo de 17 jogadores para escolher os 12 do Pré-Olímpico.

A decisão pode sair nesta sexta-feira. Nezinho e Arthur estão em São Paulo, sob o guarda-chuva de Magnano, enquanto Bial aguarda o veredito no Rio de Janeiro. A estreia da seleção militar é no dia 17, contra a Lituânia, na Arena da Barra. A semifinal está marcada para o dia 23, e a decisão para o dia seguinte. A equipe principal treina em São Paulo até 3 de agosto.

Enquanto aguarda a decisão, Arthur deixa claro qual é sua prioridade. Apesar de não ter vaga assegurada entre os 12 do Pré-Olímpico, ele reconhece o peso de estar no grupo de elite.

- É claro que eu entrei na seleção militar para jogar, o campeonato é bem estruturado, é no Brasil, então a expectativa é boa. Mas nós já comentamos com eles: a seleção principal é um sonho para todo mundo. Falei que, se fosse para discutir, eles precisariam saber que a nossa preferência é aqui. É uma possível vaga em Olimpíadas, e eles entendem isso tranquilamente. Nunca houve pressão, eles só querem que a gente ajude um pouco disputando duas partidas – explica o ala.

Campeão do NBB-3 pelo Brasília, Arthur afirma que o salário pago pelos militares não foi o que pesou na hora de se formar como terceiro sargento – mesma escolha de Nezinho.

- No caso do basquete, nem se compara ao salário do clube. E eles sabem disso. Deixei claro para eles que não estava lá pelo salário. Felizmente nós ganhamos muito mais no clube. Vi que o Nezinho também se interessou, até o Alex no início tinha se interessado, então a gente entrou. No ano passado não ia bater nada, eu ia viajar para a Coreia, mas machuquei o ombro. E neste ano bateu a questão do Pré-Olímpico - conta.            

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