Preferência por italianos dificultou permanência no Juve, acredita Diego

Preferência por italianos dificultou permanência no Juve, acredita Diego

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:14

Após um ano longe do futebol alemão, Diego, que fez sucesso atuando pelo Werder Bremen entre as temporadas 2006/07 e 2008/09, está de volta à Bundesliga, desta vez para defender as cores do Wolfsburg . No período em que ficou longe da Alemanha, o meia brasileiro foi para o Juventus, da Itália, com status de grande contratação. Porém, a Velha Senhora desapontou no Calcio e na Liga dos Campeões, e o jogador deixou o clube sem deixar muitas saudades. Apesar de se mostrar contente em estar de volta ao Campeonato Alemão, o ex-santista não se arrepende de ter se transferido para a Velha Bota e acredita que a preferência da diretoria alvinegra por atletas italianos foi um dos motivos para a mudança para os "Lobos". O problema que o Giuseppe Marotta, novo diretor, quis aproveitar outros jogadores. Ele optou por montar uma equipe formada basicamente por jogadores italianos, com exceção do Felipe Melo - afirmou Diego, em entrevista exclusiva. A volta ao futebol alemão, no entanto, é motivo de comemoração para o brasileiro, que acredita que terá a oportunidade de participar “de um projeto ambicioso” no novo clube, além de disputar um campeonato valorizando por conta das recentes contratações, como Raúl, Ballack e Huntelaar. Diego também não esqueceu de Robinho, seu ex-companheiro de Santos e novo reforço do Milan. Para o meia do Wolfsburg, o atacante da Seleção poderá mostrar seu melhor futebol no time italiano. A equipe de Mano Menezes, inclusive, ainda é sonho presente na cabeça do atleta. Você saiu do Juventus para fechar com o Wolfsburg, um clube de menor tradição. Acha que essa transferência pode ter sido um passo atrás na carreira? Diego: Considerei o projeto deles vitorioso e ousado. Além disso, voltei para um país em que me sinto bem e feliz. Por isso, acho que houve dois passos à frente. Em termos de repercussão, é claro que o Juventus é grande, mas essa repercussão pode ser boa ou ruim. O importante é ter um projeto para trabalhar, um bom contrato e segurança.

O fato de você se identificar com o país foi fundamental então?

Foi um conjunto de fatores. Primeiro uma oferta de um projeto ambicioso, sustentado por um parceiro forte. Outro ponto que pesou bastante foi o fato de que eles contrataram grandes jogadores. Além disso, o Campeonato Alemão se valorizou muito para esta temporada, crescendo com a volta de grandes jogadores, como Ballack, Raúl, Huntelaar e Nistelrooy. Fora que é um país fantástico, no qual eu me identifico muito.

Comente sobre as chances do Wolfsburg no Campeonato Alemão. Dá para brigar pelo título?

O campeonato está cada vez mais disputado. Não dá para já ir pensando em título agora, temos que ir passo a passo. A primeira etapa é montar uma equipe competitiva e depois ir pensando nas primeiras metas, como Liga Europa, e ir avançando para a briga pela Liga dos Campeões e título. Agora só temos que trabalhar. O Juventus teve uma temporada decepcionante no ano passado e não conseguiu nem a vaga para a Liga dos Campeões. Nesse período, você teve problemas de relacionamento com alguém ou guarda alguma mágoa da época em que defendeu o clube?

O problema que o Giuseppe Marotta, novo diretor, quis aproveitar outros jogadores. Sempre me dei bem com o restante do elenco e com a torcida, que até pediu para que eu ficasse. Porém o sucesso depende também daqueles que comandam. De qualquer maneira eu não guardo mágoa de jeito nenhum, e, se precisasse, faria tudo de novo há um ano atrás.

Então o problema foi com um diretor do clube?

Ele (Giuseppe Marotta) optou por montar uma equipe formada basicamente por jogadores italianos, com exceção do Felipe Melo. Então foi mais uma questão particular dele, nem tanto por questão técnica. Eu acredito que ele tenha errado bastante nesse aspecto.

Seu ex-companheiro de Santos, Robinho fez o caminho oposto e agora vai debutar no futebol italiano. Acha que ele fez bem em fechar com o Milan?

Achei a transferência boa, já que o Milan é uma equipe que joga um futebol alegre, que combina com o de Robinho. Acho que ele tem que encontrar a alegria de jogar e não pode perder suas características. Só espero que o treinador seja inteligente para aproveitar suas qualidades. Assim como a geração de vocês, campeã brasileira em 2002, o Santos tem novamente um time formado basicamente por garotos da base. Qual sua opinião em relação a Neymar, Ganso e cia? Consegue fazer algum paralelo entre as duas gerações?

A comparação é sempre difícil, cada um tem seu momento, e todos merecem elogios. Aproveitamos aquela fase de 2002 muito bem, foi um sonho que vivemos. Também desejo esse sonho a eles. Torço para que eles sejam felizes e que continuem jogando esse futebol alegre e ousado.

Voltar a vestir a camisa da Seleção Brasileira ainda é um grande objetivo para a carreira?

É um dos grandes objetivos, mas encaro como consequência do trabalho. Nesse momento eu tenho que trabalhar passo a passo. Acho que Seleção depende muito do futebol que o jogador está apresentando. Além disso, tem os critérios do treinador também. Então, se eu não for mais convocado, não vou ficar frustrado, até porque já tive essa sensação. Sendo brasileiro, acaba que é sempre um objetivo, mas é momento de falar pouco e trabalhar mais.

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