Revanche x afirmação: quatro anos depois, um novo México x Argentina

Revanche x afirmação: quatro anos depois, um novo México x Argentina

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:23

Se há uma partida das oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul que desperta o sentimento mais fresco de revanche, é o duelo entre Argentina e México, que acontece neste domingo, no estádio Soccer City, em Joanesburgo. O jogo é uma reedição do confronto entre as mesmas equipes, na mesma fase, acontecido na cidade de Leipzig, na Alemanha, no Mundial de 2006.

O desejo de revanche parte, claro, dos mexicanos, que foram derrotados por 2 a 1 na prorrogação, com um golaço de Maxi Rodríguez. O meia é um dos 14 jogadores que estiveram naquela partida e que se reencontram no gramado para mais uma disputa de vaga nas quartas de final de uma Copa do Mundo. Oito mexicanos e seis argentinos terão o privilégio de se enfrentarem novamente. Além do autor do gol da classificação argentina, estiveram na disputa os zagueiros Heinze e Burdisso (este não entrou em campo), o meia Mascherano e os atacantes Messi e Tevez. Pelo México, estavam na Alemanha o goleiro Ochoa, os defensores Salcido, Rafa Márquez, Francisco Rodríguez e Osorio; os meias Torrado e Guardado; e o atacante Franco.

Quatro anos após a Copa de 2006, quando era reserva,

Messi é o grande nome da seleção argentina (Foto: AP)   Se quatro anos atrás Maxi Rodríguez era titular e o jovem Messi ficava na reserva e era visto como uma grande promessa, desta vez os papéis se inverteram. Rodríguez é reserva do veterano Verón, enquanto Messi é o melhor jogador do mundo, e principal estrela do Mundial. Jogadores consagrados como Riquelme e Sorín e eternas promessas como Saviola e Aymar deixaram o time, que recebeu em troca jovens habilidosos como Sérgio Agüero, Di María, Higuaín e Diego Milito, todos com grande sucesso no futebol europeu. Além disso, em vez de serem treinados por um técnico competente, porém pouco conhecido, como José Pekerman, os argentinos têm no banco o mais conhecido dos argentinos - Diego Armando Maradona, ídolo maior do país - cujas qualidades como treinador não são exatamente admiradas. Quase um deus para os seus comandados, em 2006 o 'diez' estava na tribuna do Zentralstadion ao lado da filha Dalma.

Giovani dos Santos (esq.) e Rafa Márquez: mescla entre

experiência e juventude da seleção mexicana  (Foto: AFP)   Os mexicanos, por sua vez, tiveram uma renovação parcial na equipe. Saíram os veteranos Borghetti, Pardo e Zinha, e assumiram a liderança do grupo Rafa Márquez e o também veterano Blanco, que retornou a um Mundial após ser cortado na Alemanha. Jovens revelações como Giovani dos Santos e Guardado - que esteve na Alemanha - confirmaram presença entre os titulares, dando mais criatividade à equipe, que tenta pela terceira vez ir às quartas de final - só conseguiu o feito em 1970 e 1986, justamente quando foi sede da Copa. No banco, o argentino naturalizado mexicano Ricardo La Volpe deu lugar ao ex-jogador da seleção mexicana Javier Aguirre.

O jogo

A partida foi uma das mais equilibradas e disputadas do Mundial. Com uma equipe muito habilidosa - a exemplo da que tem na África do Sul - os argentinos eram os grandes favoritos à vaga nas quartas de final. Em campo, no entanto, o México equilibrou o jogo, e chegou a abrir o placar logo aos cinco minutos do primeiro tempo, com Rafa Márquez, após cobrança de falta de Pardo e desvio de cabeça de Castro.

Maxi Rodríguez chuta de primeira para marcar o golaço da classificação argentina conyra o México em 2006

(Foto: Getty Images)   Os argentinos passaram a pressionar os mexicanos em busca do gol de empate, que veio logo aos 10 minutos, quando, após escanteio de Riquelme, Borghetti - maior artilheiro da seleção mexicana em todos os tempos e exímio cabeceador - desviou a bola para o fundo da própria meta, mas o gol foi dado ao atacante Crespo.

O jogo seguiu empatado até o fim do tempo regulamentar, mas ambas as equipes tiveram chances de desempatar o jogo - Messi chegou a ter um gol erradamente anulado. Na prorrogação, com melhor preparo físico, os argentinos conseguiram o gol da virada. Após passe de Sorín, Maxi Rodríguez dominou a bola no peito e, de pé esquerdo, acertou o ângulo do goleiro Sánchez. Um golaço que classificou os argentinos e eliminou os mexicanos pela quarta vez seguida nas oitavas de final de um Mundial.     Por Marcelo Russio Rio de Janeiro

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