Romário prevê pedreira contra a Holanda: 'Ganhar de 1 a 0 é goleada'

Romário prevê pedreira contra a Holanda: 'Ganhar de 1 a 0 é goleada'

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:23

Romário (11) comemora com Mazinho, o gol de

Bebeto (7) contra a Holanda em 94

(Foto: Richard Fausto / GLOBOESPORTE.COM)

Certamente uma das partidas mais difíceis que Romário disputou pela seleção brasileira foi a das quartas de final da Copa do Mundo de 1994 contra a Holanda. Ele fez um gol e desviou-se da direção bola na hora certa no da vitória marcado por Branco nos 3 a 2 que levaram o Brasil à semifinal contra a Suécia. Além disso, o Baixinho conhece muito bem o futebol holandês, já que atuou no país europeu de 1988 a 1993 pelo PSV Eindhoven. Nesta sexta, dia de outro Brasil x Holanda, Romário foi ouvido pelo jornal "O Globo" e comentou sobre o jogo e as seleções de 1994 e 2010. - Não será fácil fazer gols na Holanda, que tem uma das defesas menos vazadas desta Copa, com dois gols. Os destaques são Robben, Van Persie e Sneijder. Não dou palpite: ganhar de 1 a 0 já é goleada - afirmou.

Apesar de ter incomodado muito, a declaração de desgosto de Johan Cruyff sobre a seleção brasileira atual (Eu não pagaria ingresso para ver essa seleção brasileira") foi compreendida por aquele que foi seu jogador e cunhado pelo técnico holandês como "O Gênio da Grande Área":

- Na verdade, Johan Cruyff tem razão quando diz que o futebol atual não tem mais magia. Não é só no Brasil. É o mundo. Nenhuma seleção tem mais magia. Aí discordo dele, por direcionar a crítica somente ao Brasil. Na época dele e no começo da minha, eram quatro, cinco, sete grandes jogadores em cada seleção. Hoje, não. Na seleção de 1994 já não havia mais magia. De 1990 para cá começou a complicar.

Se a bola batesse em mim (na cobrança de falta de Branco), ela não entraria e eu não estaria aqui dando essa entrevista agora. Eu saí da frente da bola. Senti o vento da bola roçando na minha camisa" Romário Apesar de muito amigo do técnico da seleção ("O Dunga de hoje é o mesmo Dunga de 1987, no Vasco. Não mudou nada. É a mesma personalidade e a mesma cara feia", disse com uma gargalhada), Romário vê com olhos críticos a campanha da seleção na Copa do Mundo da África do Sul:

- Para ganhar, o Brasil tem de evoluir em relação ao que vem jogando. O Brasil demora muito na saída de bola entre os volantes e os dois apoiadores que ficam mais avançados. O Brasil tem de ser mais rápido do meio para frente. Já o ataque está bem servido. Se pudesse, poria Gilberto Silva e Felipe Melo, se estiver cem por cento, atrás, e recuaria o Robinho para junto do Kaká, com o Nilmar e o Luís Fabiano na frente. Eu seria ousado, mas o time vem jogando há muito tempo, e o Dunga o conhece melhor do que nós. Quero deixar claro que não acho que o Dunga esteja errado.Sobre o jogo de 1994, Romário diz se lembrar de cada gol marcado pelo Brasil, por ele, Bebeto e Branco:

- Se a bola batesse em mim (na cobrança de falta de Branco), ela não entraria e eu não estaria aqui dando essa entrevista agora. Eu saí da frente da bola. Senti o vento da bola roçando na minha camisa. Mas o que eu fiz foi um dos meus gols mais difíceis. Peguei de primeira, de peito de pé, de bate-pronto. Nunca mais tentei aquele tipo de conclusão. Com 2 a 0 relaxamos, e eles empataram com Bergkamp e Winter. Quando estava 2 a 2, o Winter teve uma chance, mas o Taffarel defendeu. O gol do Branco foi uma ducha de água fria neles.

O Baixinho ainda comentou sobre o fato de a seleção de 1994 ter saído do Brasil desacreditada, mas garante que cada jogador sabia exatamente qual era a sua função no time. E na comparação com a seleção atual diz que a defesa é mais forte que a de 16 anos atrás, e que o meio-campo do Mundial dos Estados Unidos não era tão técnico se comparado com 1982, 86, 2002 e 2006, e o de agora tem a concepção de Dunga

- Ele implantou isso na atual seleção, que se defende melhor que a de 1994 - analisou.

. Sobre o ataque, ele não vacila:

- Nosso ataque era bem melhor, talvez só comparável com o de 1970 (Jairzinho, Tostão e Pelé), assim mesmo porque em 1970 eram três. Se fossem dois atacantes em 1970, eu e Bebeto seríamos melhores (ri).   Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

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