Rubinho exalta projeto de 2011, mas diz: 'Só vou saber ao sentar no carro'

Rubinho exalta projeto de 2011, mas diz: 'Só vou saber ao sentar no carro'

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

Visando seu melhor desempenho em 2010, após uma temporada que não “merece a nota dez”, Rubens Barrichello estuda o projeto da Williams para o próximo ano. Apesar de a revista alemã "Auto Motor und Sport" ter colocado em dúvida a permanência do brasileiro nesta quinta-feira, a equipe inglesa continua a dizer que está satisfeita com o trabalho do brasileiro. Às vésperas de seu 18º GP do Brasil de Fórmula 1, o piloto mistura emoções ao falar de sua infância em Interlagos e acredita que a evolução de sua equipe durante o ano é uma promessa de que a próxima será muito superior.

- O GP do Brasil sempre é bom. É uma paixão muito grande, a gente sabe que a casa vai estar lotada. Eu espero que seja o meu melhor GP do ano para que eu possa, junto com Abu Dhabi, encerrar um ano com aspectos muito mais positivos que negativos. Eu tenho trabalhado muito no carro do ano que vem. Têm coisas do regulamento que irão surgir que ainda vamos descobrir ainda neste ano, mas o projeto de 2011 é audacioso e tem tudo para ser melhor do que este ano. Qualquer equipe vai vender um projeto com fantasia muito grande, o que é bom, mas hoje, com toda a minha experiência, só vou dizer que é bom quando eu sentar no carro.

Atualmente, o alemão Nico Hulkenberg é o companheiro de equipe do brasileiro, mas a Williams ainda não decidiu sua dupla de pilotos para 2011. Barrichello acredita que a temporada da equipe começou abaixo do esperado, mas vê evolução durante o ano.

- Quando comecei o ano com a Williams, a gente viu que o carro não era competitivo. Eu qualifico o ano como muito positivo, porque o crescimento da equipe foi muito grande, é aguerrida e com muita força. Eu tive parte essencial nessa coisa da vontade. Quando eu vendi o meu contrato, não foi como de alguém com experiência, mas como um cara com entusiasmo. Não foi um ano para ter nota dez, mas para ter uma nota alta.

Enquanto não define seu futuro, Rubinho está concentrado no GP do dia 7 de setembro, em Interlagos, com a expectativa de ficar ao menos entre os dez primeiros. Ele está em 10º na classificação geral, com 47 pontos.

- A prova de Interlagos é muito equilibrada. Se você pegar o grid de largada dos últimos dez anos, você vê que até os milésimos de segundo são fundamentais em uma prova que é muito competitiva. Espero que isso traga muitas emoções como a gente sempre vê, muitas ultrapassagens. Espero que a Williams surpreenda e classifique entre os dez primeiros, talvez um pouco mais para frente – disse o piloto, que nunca venceu uma corrida em casa. Seu melhor resultado no ano foi o quarto lugar no GP da Europa.

Para Barrichello, o lado emocional tem grande peso no GP do Brasil. Aos 38 anos, o paulista cresceu no bairro de Interlagos conseguiu sua melhor colocação em casa em 2004, quando chegou em terceiro.

- Essa corrida para mim é muito marcante pela emoção e memórias. Eu ainda me sinto o garotinho de Interlagos, que morou lá por tanto tempo, que correu de kart e que via do outro lado do muro aquele circuito grande, que um dia poderia acontecer. Me vejo dessa forma ainda. Está acontecendo, eu tenho ciência disso, mas é uma coisa que eu vejo como se eu tivesse começado ontem na F1. Esse é o grande barato, que mostra a paixão que eu ainda tenho pela corrida em si. Venho com energia total para essa prova.

Para o brasileiro, vice-campeão em 2002 e 2004, o nome do ano deverá Fernando Alonso, da Ferrari, que surpreendeu após assumir a ponta e desbancar a RBR, equipe dominante durante a temporada . O espanhol soma 231 pontos, contra 220 do australiano Mark Webber.

- É um campeonato que pode trazer grandes emoções ainda. Se a gente pegar cinco corridas atrás, o Alonso não tinha chance nenhuma e, de repente, tem muita. Foi impressionante ver a recuperação da Ferrari, e ela anda bem em Interlagos. Um campeão como o Alonso sabe como ele tem que entrar em uma prova como essa. Mas tem que esperar, acho que o campeonato não acaba em São Paulo.

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