Santos e Vitória agridem a bola e ficam no empate na Vila Belmiro

Santos e Vitória agridem a bola e ficam no empate na Vila Belmiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

Não foi fácil. Quem foi à Vila Belmiro nesta quarta-feira à noite sofreu com o futebol de má qualidade que Santos e Vitória apresentaram. O jogo, válido pela 33ª rodada do Brasileirão, só terminou 1 a 1 porque houve raros lampejos dos dois lados. Caso contrário, um 0 a 0 seria apropriado. Se algum santista ainda acreditava em título antes da partida, perdeu as esperanças. Primeiro por que a distância para os líderes é enorme. O time da Vila tem 50 pontos, na quinta posição. Fluminense tem 58 e Corinthians e Cruzeiro, 57. Segundo por que o futebol apresentado nos últimos jogos não é digno de título. Já são quatro partidas seguidas sem vitória.

Para o Leão, por outro lado, o empate ficou de bom tamanho: a equipe baiana se mantém na zona de classificação para a Copa Sul-Americana, com 38 pontos, em 14º. Tanto que houve comemoração pelo lado rubro-negro quando o juiz apitou o fim da partida.

O Santos volta a jogar no próximo sábado, às 19h30m (horário de Brasília), contra o Atlético-MG, em Sete Lagoas (MG). Já o Vitória, no domingo, às 17h (Brasília), recebe o Cruzeiro, no Barradão, em Salvador.

Neymar e Júnior quebram monotonia

O jogo já começou devagar. Parecia que os times haviam entrado em campo só para cumprir tabela. Ritmo lento, erros de passe, sono. O Santos tinha a iniciativa, mas abria muitas brechas no meio de campo, dando ao Vitória chances para contra-atacar. Tanto que os primeiros chutes a gol foram da equipe baiana, com o meia Bida. O goleiro santista Rafael, porém, não tinha muito trabalho. Eram arremates de longa distância, sem potência suficiente para assustar.

O Peixe apresentava problemas de armação de jogadas. Uma ironia, já que atuou com dois armadores: Marquinhos e Alan Patrick. O problema é que ambos iniciaram a partida dispersos, errando demais. Mas eis que, aos 33 minutos, os santistas resolveram quebrar a monotonia e acertaram uma bela linha de passes: de Brum para Alan Patrick, para Marquinhos, para Neymar, para o gol. O camisa 11 recebeu livre à frente de Viáfara e apenas rolou no canto direito. Foi o único lance lúcido da equipe alvinegra em toda a partida.

Assista aos gols da partida

O Leão, porém, estava vivo e perigoso. Jogando com seu terceiro uniforme - todo negro, com detalhes em verde e amarelo, em homenagem à Seleção Brasileira - a equipe baiana, aos poucos, foi ganhando campo e encurralando o time da casa. O grandalhão Júnior dava muito trabalho para os dois zagueiros santistas. Edu Dracena e Durval, expostos demais, não conseguiam se acertar na marcação do camisa 9. Ele dominava todas os passes que recebia dentro da área.

Aos 39, ele receberia mais um se não tivesse sido empurrado por Pará. Pênalti que a arbitragem deixou passar. Um minuto depois, porém, veio o empate. Nino Paraíba fez ótima jogada pela direita e cruzou para Júnior. O 'Diabo Loiro' recebeu de costas para Edu Dracena, girou e bateu no cantinho esquerdo. Um gol que se mostrou inevitável.

Jogo duro. De assistir

O segundo tempo foi uma pasmaceira só. A não ser por uma falta cobrada por Bida, aos 11 minutos, e por uma sequência de dribles de Neymar (que não deu em nada, diga-se), aos 25, os 4.643 torcedores que pagaram para ver o jogo não tiveram muitos motivos para se levantar. A não ser que quisesem ir embora antes do fim. O Santos tinha a bola, mas não sabia o que fazer com ela. O Vitória contava com espaços para atacar, mas estava satisfeitíssimo com o empate.

O técnico Marcelo Martelotte tirou o meia Alan Patrick para colocar o atacante Keirrison. A mudança provocou um enorme buraco no meio de campo santista, isolando os atacantes. Marquinhos, que já não conseguia armar o time com Patrick ao seu lado, ficou sozinho e desapareceu. As vaias passaram a ecoar na Vila Belmiro. Sinal de que os torcedores perceberam que já era. Brasileirão para o Peixe só em 2011.

Do outro lado, Antônio Lopes fez mudanças do tipo "seis por meia dúzia". Mais  para gastar o tempo. Sua equipe, claramente, não parecia muito interessada em jogar. Aos 36, Thiago Martinelli fez falta em Neymar e, como já tinha amarelo, acabou sendo expulso. Mesmo assim, não houve mudança no panorama da partida. O apito final foi bem-vindo.

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