Santos vira no Olímpico e afunda de vez o Grêmio

Santos vira no Olímpico e afunda de vez o Grêmio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:15

Ao Santos, o sonho de mais um título; ao Grêmio, um pesadelo cada vez mais forte. O Peixe virou para cima do Tricolor na noite desta quarta-feira, no Olímpico, cresceu na tabela e complicou muito a situação do time gaúcho no Campeonato Brasileiro. O time da casa largou na frente, com gol de Borges, mas cedeu a derrota na etapa final. Neymar e Rodriguinho fizeram os gols do Santos.

O resultado mantém o Grêmio na zona de rebaixamento do Brasileirão, com 15 pontos. O Santos, com 24, em quarto, ainda sonha com uma aproximação ao Fluminense, que subiu para 36. O Santos virou o jogo com um atleta a menos em campo e sem Paulo Henrique Ganso, lesionado. Ainda perdeu um pênalti.

Os gaúchos voltam a campo no domingo. Visitam o Atlético-PR em Curitiba. O Peixe, um dia antes, recebe o Goiás.

Segundos depois de dar um peixinho e colocar o Grêmio na frente contra o Santos, Borges virou de costas para a torcida e apontou para o número que carrega às costas. Ele é 9. A 9 é dele. Está mais do que na cara que a 9 do Grêmio precisa ser dele. Não foi coincidência o time tricolor voltar a jogar bem justamente na partida em que Borges recuperou uma vaga que jamais deveria ter deixado de ser sua.

Foi com o gol de Borges que o Grêmio bateu o Santos no primeiro tempo. E foi justo. Mais vibrante e mais compacto do que nos jogos anteriores, o Tricolor soube dominar o Peixe, pesadão com a presença de Marcel como referência no ataque. O tal comprometimento, tão exigido pelos tricolores, apareceu pelos lados do Olímpico. Antes tarde...

O Santos teve um ou outro lance plástico de ataque – ora com aquela visão que só Ganso tem, ora com os dribles de Neymar. Mas fez pouco. Parecia faltar um parafuso para a engrenagem do Peixe funcionar a pleno vapor. Com o sistema de articulação caçado a cada segundo, o time de Dorival Júnior não produziu o que pode.

E o Grêmio teve Vilson, o zagueirão estreante, recém-chegado do Vitória. Na base do bico, sem firula, sem constrangimento, ele ganhou a torcida. Matemático no desarme e explosivo nas divididas, o atleta mostrou aquilo que os gremistas mais queriam ver: futebol e raça.

O domínio do Grêmio no primeiro tempo foi facilitado pela precocidade do gol. Ele surgiu logo com cinco minutos. Souza encaixou passe bonito para Fábio Santos, que mandou na área. Borges apareceu bem para completar. Jonas, aos 14, e Douglas, aos 17, poderiam ter ampliado. Entre um lance e outro, Neymar entrou a dribles na área do Grêmio e bateu colocado. Victor defendeu.

Santos cresce e vira, mas perde Ganso

Saiu Marcel, entrou Zé Eduardo. E o Santos retomou sua leveza habitual. Parecia outro jogo para o Peixe depois do intervalo. A troca de Dorival Júnior surtiu efeito imediato. E o Grêmio sentiu. Ao sentir, recuou; ao recuar, permitiu o empate.

O gol do Santos só saiu aos 23 minutos. Poderia ter nascido bem antes. Victor salvou a pele azul. Com oito minutos, trabalhou três vezes no mesmo lance. Foi uma loucura: Marquinhos bateu forte de fora da área, o goleiro espalmou para a frente, Zé Eduardo pegou o rebote, Victor fez milagre, a bola bateu na trave, Neymar chutou mais uma vez, e o camisa 1 tricolor defendeu de vez. Quase.

O Santos seguiu em busca da igualdade. Ganso, da esquerda, mandou na área. A bola passou por Neymar e chegou até Zé Eduardo, que dividiu com Victor e perdeu o gol. Mas o empate era questão de tempo. O empurrão de Fábio Santos em Zé Eduardo dentro da área permitiu que Neymar, de pênalti, evitasse a derrota do Santos. A cobrança foi preciosa, no ângulo. No lance do pênalti, Paulo Henrique Ganso torceu o tornozelo. Enquanto era atendido, o jogador foi abraçado pelos colegas, fora de campo, na comemoração do gol.

Aos 40 minutos, mais um pênalti. Neymar passou por Vilson e foi derrubado na área. O próprio atacante foi para a cobrança. E aí Victor salvou. Caiu no canto direito, com agilidade, e abafou o chute do garoto. Parecia ter salvo o Grêmio da derrota.

Mas não era isso. Aos 48, em contra-ataque, o Santos virou. Neymar bateu cruzado, Victor defendeu e Rodriguinho, no rebote, marcou o gol da virada.

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